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quarta-feira, dezembro 25, 2024

Endrick segue o caminho de Neymar. E ataca a imprensa brasileira pelo vexame contra a Venezuela, no Pré-Olímpico – Prisma

São Paulo, Brasil

“Vocês falavam que o Brasil era o favorito. A Venezuela fez 3 a 1 na gente. Todos os times são iguais, todos têm a mesma capacidade de se classificar e ser campeões.

“Isso foi uma lição para nós e para vocês também, para nunca se desmerecer algum time.”

Essas foram as palavras de Endrick, após a humilhante derrota do Brasil, ontem, contra a Venezuela, pelo Pré-Olímpico, disputado na Venezuela.

O atacante, maior estrela do torneio, se posicionou como líder da instável equipe comandada por Ramon Menezes.

Apesar de classificada antecipadamente para a fase final, com a própria Venezuela, Argentina e Paraguai, o futebol da Seleção Brasileira é decepcionante.

Foi um sofrimento a vitória contra a Bolívia, por apenas 1 a 0. E na vitória diante da Colômbia, por 2 a 0, outro jogo sem empolgar. Até a vexatória derrota de ontem por 3 a 1.

Mesmo com Ramon Menezes poupando suas principais peças para a fase final, inclusive Endrick, o futebol acanhado, sem criatividade, intensidade, omisso, chamou a atenção da mídia internacional.

Endrick, John Kennedy, Andrey Santos, Alexsander, Marlon Gomes e o goleiro Mycael ficaram de fora. E viram o Brasil jogar como time pequeno, aceitando a pressão do time venezuelano, que precisava vencer. E, com facilidade, abriu 3 a 0. Alexander fez o gol de honra.

Endrick saiu do banco de reservas quando a partida estava 2 a 0. Não conseguiu mudar o panorama.

Mas o que mais chamou a atenção ontem foi a postura irritadiça do jogador ao final do jogo. Ele não aceitou passivamente a cobrança pelo péssimo futebol do Brasil. Negou o favoritismo e repassou a raiva da derrota para a imprensa nacional, que desvalorizou a Venezuela.

Por seu talento, muito acima dos companheiros, e da pouca representatividade ainda do técnico Ramon Menezes, Endrick virou o porta-voz da Seleção Pré-Olímpica.

Para o bem e para o mal.

Sua postura lembra a de Neymar, com todos os holofotes voltados para o jogador.

Ramon Menezes e a CBF incentivam que seja assim.

Endrick virou um grande escudo para uma geração que se mostra abaixo do que se espera da Seleção Brasileira Pré-Olímpica, na história.

Ele só está na Venezuela por imposição do Real Madrid, para ganhar minutagem com a camisa da Seleção Brasileira, antes de ir para a Espanha, em julho. Se dependesse do Palmeiras, ele estaria com o time que decidirá a Supercopa do Brasil, domingo, em Belo Horizonte. 

Endrick tem um estafe de cerca de 15 pessoas para orientar sua carreira. Neymar tem 30. E mesmo assim caiu na tentação de aceitar todo mimo e privilégios que a CBF, carente de títulos, oferece ao jogador desde 2011.

O resultado foi péssimo para o Brasil.

Ótimo para Neymar que, supervalorizado, tem hoje um patrimônio de R$ 4 bilhões.

Endrick tem apenas 17 anos.

E é a grande esperança do Brasil para as próximas Copas do Mundo.

Se ele seguir a direção que Neymar indicou, o Brasil pode, outra vez, pagar caro.

Ter um jogador com um potencial extraordinário que tenta moldar a realidade de acordo com seu bel-prazer.

Perder para a Venezuela, com a Seleção Brasileira se postando como time pequeno, ainda é inaceitável. Basta comparar individualmente os jogadores. Onde atuam. Mesmo os reservas que Ramon Menezes colocou em campo.

O time precisa ser cobrado taticamente.

E também individualmente. A comparação técnica entre os jogadores, da estrutura que têm, o Brasil é amplo favorito para ser o primeiro colocado neste pré-olímpico.

Está acima, inclusive, da geração argentina, que tanto trabalho está dando para o ex-jogador Javier Mascherano. 

Que Endrick seja orientado.

Não há cabimento o Brasil dar vexame contra a Venezuela e ele querer dividir a responsabilidade com a imprensa nacional.

Situação absurda.

Endrick tem enorme talento.

Como Neymar.

Mas precisa ser melhor orientado.

Já bastou o desperdício e o clima pesado que o jogador do Al-Hilal criou, ao longo dos anos, entre Seleção e imprensa deste país.

Jogar com a camisa amarela significa cobrança.

Seja em que tempo for…

Fonte: R7 – Esportes

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