O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, recebeu na quinta-feira (8) cerca de 30 pessoas na residência oficial da embaixada. No encontro, o diplomata chorou ao ouvir o relato da enfermeira Michal Elon. Ela foi atacada por terroristas do Hamas, em 7 de outubro, depois de ajudar uma vigilante, que também tinha sido baleada. Michal tem 10 filhos e perdeu parte do movimento do braço esquerdo.
A enfermeira, que também foi atingida no estômago, passa por sessões de fisioterapia. Tanto ela como a vigilante passaram por cirurgias e estão vivas.
Em meio à crise diplomática causada pelas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que comparou o conflito em Gaza ao Holocausto, Zonshine tem preferido o silêncio. No entanto, nos bastidores, ele lamenta as falas de Lula. “As falas estão cada vez mais pesadas. Não está fácil”.
Em conversa reservada, o embaixador descreveu a espécie de carregar uma pedra no peito ao ver a situação entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Ele lamentou as mortes e reconheceu que precisam os israelenses ser fortes. “Nós, infelizmente, não podemos parar a reconstrução. Vamos até o fim”, disse Zonshine.