O sofrimento causado pela invasão russa também calejou a população de Kharkiv. Parte da província viveu sob uma ocupação brutal durante sete meses em 2022, e os bombardeios continuam; este mês, duas famílias, entre elas três crianças, foram queimadas vivas dentro de casa quando vários mísseis atingiram um depósito de combustível, incendiando uma fileira de residências nas imediações. “Cada míssil que disparam contra nós só faz aumentar a revolta geral. Todo mundo aqui odeia os russos no nível máximo. É difícil imaginar quando esse sentimento vai começar a amainar, porque por enquanto só faz crescer”, desabafou o principal investigador de polícia da província de Kharkiv, Serhii Bolvinov, que abriu milhares de processos criminais contra os russos por estupro, torturas e execuções sumárias, além das mortes e da perda de propriedade resultantes do bombardeamento