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sexta-feira, novembro 22, 2024

Dengue não tira férias: estratégias para proteger a casa durante as viagens

As altas temperaturas e o início da época chuvosa criam condições propícias à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue. Enquanto buscamos relaxar e aproveitar momentos de lazer nas férias, a prevenção se torna ainda mais importante. Para garantir uma viagem tranquila e livre de preocupações, é essencial adotar medidas preventivas eficazes que mantenham a casa protegida.

“Todo pequeno recipiente pode virar um criadouro de larvas de mosquito. Esse período em que há chuva e sol é o momento mais propício para as fêmeas depositarem seus ovos. Em até sete dias, ou até um pouco antes, já temos mosquitos adultos”, alerta a chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da Secretaria de Saúde (SES-DF), Cristina Soares Campelo.

“Você pensa: ‘ah, em uma semana eu volto’. Esse período pode significar o desenvolvimento de uma população completa de mosquitos adultos. Cada um deles tem a capacidade de voar entre 500 metros e um quilômetro por dia. Isso significa que, se uma casa se torna um foco gerador do Aedes aegypti, ela passa a ter o potencial de transmitir dengue para toda a rua”Cristina Soares Campelo, chefe da Assessoria de Mobilização da SES-DF

Antes de sair de casa, é fundamental verificar cuidadosamente todos os possíveis focos de reprodução do mosquito, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água (vasos de plantas, pneus, garrafas e caixas d’água mal vedadas). Outra medida preventiva é esvaziar e lavar os bebedouros de animais de estimação, evitando o acúmulo de água parada, além de certificar-se de que as calhas estejam limpas e desobstruídas, permitindo o escoamento adequado da água da chuva.

Mesmo em ausências curtas, Campelo ressalta que os cuidados não podem ser negligenciados. “Você pensa: ‘ah, em uma semana eu volto’. Esse período pode significar o desenvolvimento de uma população completa de mosquitos adultos. Cada um deles tem a capacidade de voar entre 500 metros e um quilômetro por dia. Isso significa que, se uma casa se torna um foco gerador do Aedes aegypti, ela passa a ter o potencial de transmitir dengue para toda a rua”, explica.

Piscinas e reservatórios maiores não podem ficar de fora da lista de checagem. Caso não seja possível esvaziá-los, recomenda-se o uso de produtos larvicidas e entrar em contato com o profissional responsável pela manutenção da piscina, solicitando atenção redobrada e reforço no uso de cloro. É recomendado ainda cobrir a piscina com lona e verificar se há elevações ou afundamentos que possam acumular água, já que qualquer espaço desses também serve de criadouro.

Prevenção coletiva

A SES-DF tem desenvolvido iniciativas para combater a doença. A pasta busca informar a população sobre os riscos do mosquito e a importância da prevenção. Para tanto, equipes de agentes de saúde realizam vistorias nas residências, orientam os moradores sobre as medidas preventivas, identificam e eliminam possíveis focos de reprodução do mosquito.

A SES-DF também faz a aplicação do inseticida de ultrabaixo volume (UBV), conhecido popularmente como “fumacê”. A prática ocorre em horários específicos, das 5h às 7h e das 16h às 19h, acompanhando os hábitos do mosquito que, pela manhã, ao nascer do Sol, sai para se aquecer e depois volta à casa dos moradores. À tarde, sai para reproduzir.

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