O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta segunda-feira (22) que as terras indígenas Yanomami “têm apoio absoluto, mas não há helicópteros em estoque ou na prateleira”. “Evidentemente que nao temos aviões nem helicópteros no estoque, na prateleira. Uma pessoa pede, o helicóptero precisa ir para o sul, às vezes no centro-oeste. Todos estão sempre em operação. Temos o mesmo número de aeronaves que temos há alguns anos”, disse.
O ministro disse ainda que essa questão dos indígenas “precisa de atenção especial”. “Vou apresentar até o fim da semana uma proposta para atuação permanente na região da Terra Indígena Yanomami e deixar uma aeronave definitiva”.
“Nesse dia que havia três ministros lá, eu falei durante a noite com eles. Mas a nossa disposição é estar permanentemente ajudando, porque o nosso papel é isso, não é por querer, porque é nossa obrigação. Eu acho que faltou uma pergunta para a gente esclarecer, eu sou um homem de diálogo, eu to pronto, e se tiver errado, corrigir”, disse.
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A declarção se deu após parlamentares e integrantes do governo acusarem a pasta de se negar a disponibilizar aviões para auxiliar no local. O ministro disse que “faltou pergunta para esclarecer, para ver onde ta errado”.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, no último sábado (20), que está atuando para a entrega de 15 mil cestas no Território Yanomami. A ação é coordenada pelo Ministério da Defesa em caráter emergencial, sendo que as primeiras 600 cestas foram entregues pela Funai na base aérea de Boa Vista no fim dessa semana.
O Governo Federal atua no território desde 2023, quando o Ministério da Saúde declarou, em fevereiro, estado de emergência de saúde pública de importância nacional. A ação do governo tenta conter os danos causados pelo garimpo ilegal no território e as altas taxas de malária na região.
Segundo informe do Ministério da Saúde, o território tem cerca de 31 mil indígenas e registrou em 2023 mais de 25 mil casos de malária. Os dados são do último boletim da pasta publicado em dezembro do ano passado e também apontam para quase 10 mil casos de doenças diarreicas agudas e 308 mortes de indígenas.