O Cruzeiro estreou com vitória no Campeonato Mineiro. Na primeira partida sob o comando do técnico Nicolás Larcamón, a atuação passou longe de agradar, mas com gol de um jovem das categorias de base a Raposa conseguiu os três pontos diante do Vila Nova vencendo por 2 a 1.
No regulamento da competição, times do mesmo grupo não se enfrentam. O Cruzeiro abriu a competição e chegou aos três pontos no Grupo A, enquanto o Vila Nova faz parte do Grupo B – chave que também possui o Atlético Mineiro.
Defesas falhando
O primeiro tempo no tradicional Estádio Municipal Castor Cifuentes foi bem acirrado. O Cruzeiro tinha mais controle da posse de bola, mas não mostrava tanta criatividade. Enquanto isso, o Vila Nova lutava muito na marcação e dificultava bastante para a Raposa.
O Cruzeiro se dava melhor quando Japa e Matheus Pereira tinham mais espaço no campo de ataque. Em uma dessas jogadas, Matheus Pereira escapou pela esquerda e tentou cruzamento rasteiro na pequena área. A bola chegou a desviar na zaga e sobrou limpa para Juan Dinneno marcar o seu primeiro gol pelo clube. 1 a 0.
O Vila Nova tentou não sentir o gol e quase respondeu pouco depois de sair em desvantagem. Wesley chegou a vencer Rafael Cabral e colocar a bola na rede para empatar o duelo, mas Caio Mancha cometeu falta em William na disputa pelo lance. O árbitro assinalou a irregularidade após revisão no monitor do VAR.
Quando tudo se encaminhava para uma vantagem mínima da Raposa ao intervalo, o Vila Nova mostrou resiliência e seguiu atacando. Nos acréscimos, Wendson aproveitou belo cruzamento que veio do lado direito, pulou sozinho na área e deixou tudo igual de cabeça. 1 a 1.
Cruzeiro mal, mas a base salva
O Cruzeiro voltou com ainda menos inspiração para a etapa final. Dinneno chegou a assustar em jogada aérea, enquanto Matheus Pereira tentou uma sequência de escanteios na direção do gol em busca de um gol olímpico. Larcamón tentou usar o banco de reservas colocando Wesley Gasolina e Ian Luccas.
Já o Vila Nova passou a se aventurar mais no campo de ataque. O time da casa tentava fazer a defesa adversária trabalhar, mas conseguiu de fato apenas em um chute de longa distância. Neto cobrou falta com muita força de longe e exigiu boa defesa de Rafael Cabral.
O lance mais polêmico da partida rendeu uma paralisação de sete minutos. O Cruzeiro colocou a bola na rede com Ian Luccas, mas foi marcado impedimento de Dinneno, que tentou participação no lance pelo alto. A equipe do VAR demorou bastante para checar o lance e ainda chamou o árbitro para sacramentar a participação ou não do atacante no lance. No fim, gol realmente anulado.
O segundo tempo do Cruzeiro era realmente um desastre. O tempo que o jogo ficou parado, no entanto, significou um acréscimo de 11 minutos. Aos 48, Matheus Pereira achou Wesley Gasolina, que ajeitou para o jovem João Pedro bater cruzado de canhota e marcar o gol decisivo para a Raposa.