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domingo, novembro 24, 2024

Crítica | Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo

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      Após o sucesso na adaptação da Turma da Mônica para o cinema com os filmes de Daniel Rezende, que encontraram em histórias fechadas produzidas dentro do selo Graphic MSP uma linha guia para tratar destes que sejam talvez os personagens fictícios mais reconhecíveis da cultura brasileira há uns bons anos. Buscando agora expandir o alcance da marca Turma da Mônica para outros públicos nas salas de cinema, a MSP aposta no mangá de sucesso da Turma da Mônica Jovem como base para toda uma potencial nova franquia de produções voltadas para o público adolescente. Mas será que o sucesso irá se repetir?

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo acompanha a os icônicos personagens do bairro do limoeiro, agora entrando no estágio do ensino médio. Mônica, Cebola, Magali, Cascão e todo o resto da turma tem que enfrentar agora não só os dilemas da adolescência e as tensões que surgem nas relações de um com o outro mas também uma nova ameaça, de origens sobrenaturais, que pode causar danos irreversíveis na vida de cada um desses personagens.

      Tirando o assunto mais óbvio da frente, é importante destacar que num geral todo o novo elenco escolhido para representar a turma funciona dentro do filme e consegue demonstrar espontaneidade. É triste, no entanto que o potencial dos personagens se limite dentro de uma história sem muito a dizer. Se a temática principal aqui seria o enfrentamento dos medos como forma de reforçar laços, isso é feito de maneira muito superficial. Não faltam oportunidades para aprofundar a relação dos personagens e é interessante a escolha de um cenário de mistério sobrenatural para tratar destes assuntos mas o filme acaba não conseguindo evoluir seu discurso inicial para além do que pode ser entendido da história por diversos momentos expositivos e algumas frases de efeito.

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      A utilização do personagem cabeça de balde no filme é bem vinda, ele funciona perfeitamente como condutor do mistério e avatar da despersonalização. A insegurança da juventude é algo relacionavel, não saber o que esperar do futuro e querer manter as coisas como estão é um sentimento que parte de um lugar honesto mas que acaba sendo extremamente resumido enquanto pauta dentro filme e se tornando refém de um roteiro pouco inspirado para nuances no desenvolver dessas questões e na utilização de um bom elenco para construir momentos que efetivamente toquem o público e justifiquem todo o desenrolar da história.

É um pouco frustrante que esse seja o começo de toda uma série de filmes uma vez que não consegue construir uma base muito sólida para essa versão dos personagens. A caracterização funciona, eles possuem algum carisma mas não fica o sentimento de que houve realmente um avanço palpável na relação da turma mesmo que a história mal se permita ter uma conclusão sem já plantar sementes de uma possível continuação.

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo é um filme com alguma boa intenção mas protocolar demais para o seu próprio bem. A comparação com o que foi feito antes com a turminha no cinema é inevitável e fica clara a distância entre as produções, se antes o foco eram os laços entre amigos e era possível sentir isso dentro da história, agora ao tentar lidar com a evolução dessas relações o sentimento que fica é o de distanciamento.

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Fonte: R7 – Cinema

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