Comerciantes fecharam as portas em São João Meriti, na Baixada Fluminense, onde morreram quatro dos nove suspeitos durante uma megaoperação no Rio contra as lideranças da facção Comando Vermelho, nesta terça-feira (27).
A ordem teria partido de criminosos que fizeram ameaças em áudios divulgados em aplicativos de trocas de mensagens.
Em entrevista coletiva, o comandante da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique, disse que o setor de inteligência monitora e tenta impedir uma possível movimentação de criminosos.
Ao Cidade Alerta RJ, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, afirmou que o policiamento foi reforçado na região e pediu para que os comerciantes confiem na polícia.
“Entendo essa posição da população, eles ficam com receio. Há sempre aquela preocupação sobre ter o patrimônio e a a integridade garantidos enquanto a polícia estiver presente. Mas a polícia sai, e o criminoso pode chegar, intimidar e fazer algum mal a algum comerciante. Pedimos que eles confiem na polícia, porque estamos aqui para garantir o comércio aberto e a integridade física dos moradores”, disse o secretário.
Quatro unidades de saúde também fecharam
A Prefeitura de São João de Meriti confirmou que quatro unidades de saúde também foram fechadas hoje: as Unidades de Saúde da Família Vila Tiradentes e Vila União, o Centro de Atenção Psicossocial e a Cemarc (Central de Regulação do Município).
Já as escolas municipais não foram afetadas, ainda segundo a prefeitura.
Megaoperação
Desde as primeiras horas, as polícias Civil e Militar atuaram especialmente nos complexos da Penha e Maré, na zona norte da capital, na tentativa de capturar os chefes do tráfico da maior facção que atua no estado.
Ao menos nove suspeitos morreram e três acabaram presos. Além disso, dois PMs foram baleados.
Segundo a polícia, quatro das mortes ocorreram em São João de Meriti, durante um confronto, após um cerco.
Os tiroteios deixaram 22 mil alunos sem aulas nessas áreas e impactaram a circulação de ao menos 15 linhas de ônibus.