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domingo, novembro 24, 2024

Casos de dengue em crianças estão associados ao quadro imunológico ainda em formação, diz especialista

O Brasil é o país com maior registro de casos de dengue no mundo. Neste ano, crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos representam a maior incidência de hospitalização. No caso desse grupo, a doença pode desenvolver formas graves e persistências dos sintomas, devido ao quadro imunológico ainda em desenvolvimento.

Segundo o infectologista Werciley Júnior, esse desenvolvimento é um processo natural, o que pode deixar os pequenos mais vulneráveis a infecções e, por isso, é importante estimular a vacinação.

O médico acrescenta que os sintomas da dengue em crianças são mais difíceis de serem percebidos pelos adultos por apresentar os mesmos sinais de outras infecções. Porém, ele alerta que as características marcantes da doença são dores intensas nas articulações e febre acima de 39 °C.

Também é preciso ficar atento ao agravamento de vômitos persistentes, dor abdominal contínua, sangramento da gengiva e da pele, sonolência e irritação excessivas, redução da quantidade de urina, temperatura muito baixa e desconforto respiratório.

O especialista aponta que uma das complicações da dengue em crianças é a desidratação e isso pode evoluir para formas hemorrágicas. “Pessoas desidratadas têm uma tendência de evoluir a doença do choque com dificuldade de absorção de líquidos, sendo um critério de gravidade que pode levar ao óbito”, afirma Werciley Júnior.

Vacina

O Ministério da Saúde informou que 521 cidades vão receber a vacina contra a dengue a partir de fevereiro e que 3,2 milhões de pessoas serão imunizadas neste ano. O público alvo serão crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. 

A vacina Qdenga fornece proteção contra os quatro sorotipos de dengue. Serão duas doses subcutâneas com intervalo de três meses entre elas. A proteção contra a doença deve ter duração de até cinco anos.

DF em situação de emergência

O governo do Distrito Federal decretou emergência por causa da dengue. A unidade federativa registrou 16.628 casos prováveis da doença entre os dias 1° e 20 de janeiro, um aumento de 646,5% no número de ocorrências em relação ao mesmo período de 2023.

*Sob supervisão de Fausto Carneiro

Fonte: R7 – Brasília

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