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domingo, novembro 24, 2024

Brasil financia invasão da Ucraína comprando diesel russo, denuncia Financial Times

O jornal econômico britânico Financial Times publicou nesta terça-feira, 30, uma reportagem sobre a importação de diesel da Rússia por parte do Brasil, que aumentou 4.600% em 2023.

Segundo o Financial Times, esse aumento das importações, junto com as compras de gasolina que aumentaram quase 400%, injetaram US$ 8,6 bilhões (cerca de R$ 43 bilhões) nos cofres da Rússia, ajudando a sustentar a economia do país, que invadiu a Ucraína em fevereiro de 2022.

Em dezembro, a Rússia foi responsável por 85% do total das importações de diesel do Brasil. Ao longo de 2023, a média foi de 50%.

Brasil se torna maior importador de diesel russo do mundo

“O Brasil ultrapassou a Turquia em outubro para se tornar o maior comprador de diesel russo” escreveu o jornal britânico, “enquanto o salto nas importações de diesel no ano passado significa que a Rússia ultrapassou os EUA como o maior fornecedor do combustível ao Brasil”.

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O Financial Times salientou que esse aumento das compras ocorreu “durante o primeiro ano de mandato do presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva“.

Moscou tem vendido petróleo bruto e produtos petrolíferos com desconto devido às sanções econômicas impostas pelas nações ocidentais como resultado da invasão em grande escala da Ucrânia“, escreveu o jornal.

Segundo o Financial Times, “o aumento dramático nas importações pode alimentar acusações de que o Brasil simpatize com a Rússia na guerra. Embora Brasília tenha condenado oficialmente a invasão russa, Lula afirmou repetidamente no ano passado que Kiev tem a mesma responsabilidade que Moscou pelo conflito e acusou Washington de “encorajar” a violência”.

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O jornal lembrou como o presidente Lula declarou que o presidente russo Vladimir Putin seria “bem-vindo à participar da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro este ano, sem medo de ser preso”, mesmo se o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado contra o líder russo,, acusado de crimes de guerra na Ucrânia.

Questionado sobre o salto nas importações de diesel russo, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, informou que o comércio exterior foi “influenciado por múltiplos fatores” e que “as importações de combustíveis são o resultado de decisões tomadas por agentes privados e
seguem a lógica da oferta e da demanda”.

Fonte: R7 – Internacional

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