O Botafogo teve a oportunidade de sair na frente do Aurora por uma vaga na próxima da Pré-Libertadores, mas desperdiçou. Nesta quarta-feira, na altitude de Cochabamba, o Glorioso foi eficiente em boa parte do jogo, abriu o placar e deu indícios de que venceria a partida. No apagar das luzes, porém, o Alvinegro voltou a sofrer com o carma do ano passado e, por desatenção, cedeu o empate aos bolivianos: 1 a 1.
Com o resultado, o time comandado por Tiago Nunes desperdiça a chance de jogar pelo empate e vai precisar vencer o jogo de volta, que acontece na próxima quarta-feira, no Nilton Santos, para seguir sonhando com um lugar na fase de grupos da Liberta.
VAR, pênalti perdido e vantagem alvinegra
O Aurora tentou fazer valer o peso da altitude e partiu para cima do Botafogo logo nos primeiros minutos. Com intensidade, o time boliviano empilhou chances, quase todas com o atacante Reinoso, mas não conseguiu balançar as redes.
Do outro lado, o Glorioso se livrou da pressão inicial do adversário e, com o passar do tempo, equilibrou as ações. Aos 17, após investida pela esquerda, Victor Sá invadiu a área, se livrou do goleiro, mas acabou bloqueado por Luis Barbosa, que desviou com o braço. Após análise do VAR, o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Tiquinho telegrafou e parou em boa defesa de Akologo.
Apesar da frustração da penalidade perdida, o Fogão não baixou a guarda e abriu o placar logo em seguida. Após cobrança de escanteio da direita, Tiquinho Soares testou firme, o goleirão deu rebote e Júnior Santos completou para o fundo das redes.
O Aurora tentou reagir ainda no primeiro tempo e chegou a empatar a partida, mas o VAR entrou em ação outra vez. Aos 36, após cobrança de falta de Alaníz, Amarilla recebeu na segunda trave e bateu cruzado, sem chances para Gatito. No início da jogada, porém, o árbitro de vídeo flagrou uma falta de Michelli em Junior Santos e o lance foi invalidado.
Um verdadeiro carma…
Na volta do intervalo, o Botafogo tentou surpreender com a marcação mais alta nos primeiros minutos e quase ampliou o prejuízo boliviano. Logo aos dois, Junior Santos abafou a saída de Michelli, interceptou o passe e viu a bola carimbar a trave adversária.
O movimento de pressão, entretanto, durou muito pouco. Com o passar do tempo, o Aurora foi atrás do prejuízo e passou a ocupar o campo ofensivo com mais frequência. Aos 19, Alaníz recebeu com espaço na entrada da área e, de perna direita, soltou uma bomba, obrigando Gatito a fazer grande defesa.
Sem a mesma intensidade de outrora, o Glorioso adotou uma postura perigosa, convidando os bolivianos para seu campo. O time da casa aceitou o convite e iniciou um verdadeiro ataque contra defesa nos minutos finais em Cochabamba.
Aos 42, Didi Torrico fez o que quis para cima de Alexander Barboza, colocou na área e viu a bola se oferecer para Michelli, que, após bate-rebate, finalizou firme e parou em mais uma boa intervenção de Gatito.
Já nos acréscimos, relembrando um filme repetido diversas vezes em 2023 (quando entregou o título brasileiro de bandeja para o Palmeiras), o Botafogo se desligou e sofreu o empate de forma inacreditável. Faltando menos de dois minutos para o apito final, Dario Torrico recebeu de Jairzinho na área, se livrou de Danilo Barbosa e mandou para o fundo das redes: 1 a 1.