As Bolsas de Nova York fecharam em alta, com o Nasdaq liderando o movimento após as ações de tecnologia ganharem força. A Apple disparou após ganhar recomendação de compra, enquanto Boeing surfou em nova encomenda de aeronaves para buscar recuperação das perdas recentes.
No fim o pregão, o índice Dow Jones marcou alta de 0,54%, aos 37 468,61 pontos. O S&P 500 avançou 0,88%, aos 4.780,94 pontos. O Nasdaq subiu 1,35%, aos 15.055,65 pontos.
As ações da Apple subiram 3,26% após a Bank of America Securities elevar a recomendação do papel de “neutra” para “compra”. Na contramão do ceticismo de vários analistas em relação ao potencial de alta das ações, a corretora citou fatores como a atualização mais robusta do iPhone, que poderá permitir a aplicação de inteligência artificial (IA) generativa, o maior crescimento de serviços, retornos de capitais fortes.
O presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que adiantou sua projeção para normalização nos juros do BC americano do quarto trimestre para o terceiro trimestre deste ano. A previsão ainda é posterior à precificação atual do mercado, que vê cortes já em março. Junto com a queda dos pedidos de auxílio-desemprego, esse cenário deu fôlego à ponta longa dos Treasuries.
Mesmo assim, os mercados acionários americanos conseguiram resistir à pressão da renda fixa, motivados principalmente por variáveis das próprias empresas. Boeing saltou 4,21%, após receber pedido de 150 aeronaves 737 MAX da aérea indiana Akasa Air. A notícia é o primeiro alívio à empresa após o imbróglio envolvendo o 737 MAX 9, na esteira de incidente com a Alaska Airlines.
Outro destaque da sessão foi o setor de chips semicondutores, com Nvidia em alta de 1,88%. As compras foram motivadas por comentários da fabricante taiuanesa de microprocessadores, a TSMC, que projetou nesta quinta-feira crescimento na receita de 2024, apoiada na crescente demanda por chips usados em sistemas de inteligência artificial.
Os papéis do Wells Fargo cederam 0,49% e computaram sete sessões em queda, a sequência mais prolongada de perdas desde dezembro de 2018.
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Estadão Conteúdo