Em mais um clássico na Copa do Nordeste, o Bahia foi um visitante indigesto, e mesmo sem o brilho de alguns dos seus principais jogadores, venceu o Ceará de virada, por 2 a 1, no Castelão. Erick Pulga marcou o gol do Vozão, enquanto Everaldo e Thaciano marcaram para o Tricolor.
Com a vitória, o Bahia se isolou na liderança do Grupo B da Copa do Nordeste, com 12 pontos conquistados em cinco jogos. Já o Ceará decepciona, com apenas 6 pontos e na sétima posição do Grupo A.
Ceará começa bem e Bahia termina melhor
A primeira chance clara da partida foi do Ceará, aos 3, quando Cauly saiu jogando mal, o zagueiro Matheus Felipe chegou como surpresa, soltou uma pancada da meia-lua e o goleiro Marcos Felipe fez importante defesa. Após o susto, o Bahia tentou ser dono da bola, trocando passes no ataque, mas sem agredir. Então aos 10, após nova bola roubada pelo Vozão, Erick Pulga levou a melhor contra a marcação e colocou no cantinho para abrir o placar.
Já na frente, o Ceará fez pouca questão de ter a bola e a entregou para o Bahia. Mas novamente o meio de campo do Tricolor não pareceu estar em uma boa noite, acumulando erros e sem conseguir acelerar os ataques. O tempo foi passando e nada de uma chance perigosa ou do esboço de uma reação. Já o Vozão seguiu mais vertical e pronto para castigar.
Sem um atacante de velocidade, o Bahia era presa fácil para a marcação do Ceará, sem que Thaciano e Everaldo dessem sequência às jogadas. A primeira finalização certa do Bahia só aconteceu aos 28, quando após boa triangulação, Everaldo recebeu na área, soltou a pancada e Richard espalmou para fora. O lance animou o Tricolor, que enfim, conseguiu sufocar e deixar o rival nas cordas.
O Ceará esteve completamente retrancado, em um claro ataque contra defesa. Aos 37, não teve jeito. Thaciano brigou pela bola na área e ajeitou para Everaldo, que chapou no cantinho para empatar. A reta final foi mais aberta, com o Bahia mais perigoso. Aos 45, Jean Lucas bateu da meia-lua e Richard foi buscar com a ponta dos dedos no cantinho. O primeiro tempo do clássico terminou empatado.
Virada do Tricolor
O segundo tempo começou acelerado, com o Ceará assustando em cabeçada de Castilho defendida por Marcos Felipe e o Bahia encontrando espaços na transição. Aos 4, Thaciano perdeu um gol ao escorregar na marca do pênalti. O lá e cá foi grande, mas os erros no momento de definir impediu um novo gol. Aos 10, em contra-ataque do Vozão, Erick Pulga colocou Facundo Castro na cara do gol, mas ele perdeu de maneira inacreditável.
O clássico esteve completamente aberto, com as duas equipes cedendo espaços e também bastante quente. O Bahia assustou aos 18, quando Thaciano recebeu em ultrapassagem na área, bateu forte e Richard espalmou. Já atuando mais no contra-ataque, o Ceará responde aos 22, quando Saulo Mineiro invadiu a área pela esquerda, mesmo com pouco ângulo chutou forte e Marcos Felipe defendeu.
Mesmo fora de casa, o Bahia que foi completamente dono da bola e até encontrou espaços, mas mostrou pouca agressividade. O Ceará então assustou aos 29, quando Lucas Mugni pegou uma sobra, bateu para baixo e Marcos Felipe espalmou para fora. O Tricolor seguiu criando, mas os erros no último passe e a demora para finalizar impediram chances mais claras.
Melhor jogador do Bahia em campo, Thaciano brilhou. Aos 39, ele fez o pivô abrindo para Arias e depois apareceu na pequena área para se antecipar e mandar para a rede. Aos 41, em contra-ataque, Biel deu uma caneta no defensor, passou por outro, mas parou em Richard. Seria um golaço.
Só que o Ceará ainda estava vivo e aos 43, Guilherme Castilho teve o gol aberto após falha de Kanu, mas após cabeçada viu Marcos Felipe fazer uma defesa espetacular em cima da linha. Foram 7 minutos de acréscimos, com o Vozão no ataque, mas já sem voltar a criar. Com emoção, mas o Bahia venceu.