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domingo, novembro 24, 2024

Após três anos, Justiça vai ouvir falsa enfermeira acusada de forjar vacinação contra covid-19 em MG


Falsa vacinação aconteceu em BH Reprodução / Record TV Minas Está previsto para acontecer, nesta quinta-feira (1º), em Belo Horizonte, o primeiro interrogatório da Justiça com a falsa enfermeira acusada de forjar um esquema de vacinação contra a Covid-19 em Minas Gerais, no início de 2021, quando o imunizante ainda não estava disponível para toda a população. A investigação apontou que Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas aplicou soro fisiológico nas pessoas que pagaram R$ 600 por cada dose do que eles pensaram ser o medicamento. Além de Mônica, outras cinco pessoas foram denunciadas, em abril de 2022, por participação no suposto esquema. A lista de crimes imputados ao grupo conta com falsidade ideológica, estelionato, associação criminosa, dentre outras. (Veja a lista completa a seguir) A previsão da Justiça é ouvir os seis acusados e 24 testemunhas, mas nem todos foram encontrados para serem intimados. A defesa de Mônica tentou alegar problemas de saúde da ré para adiar a audiência, mas o pedido foi negado. O juiz, entretanto, autorizou participação remota. O caso ganhou repercussão após Cláudia Mônica ser flagrada atendendo a um grupo de pessoas na garagem de uma empresa de ônibus, na região noroeste de Belo Horizonte, em um esquema parecido com um drive-thru. Entre os supostos imunizados estavam empresários mineiros e seus respectivos parentes, incluindo adolescentes e idosos. Na época, a vacinação oficial do governo atendia apenas idosos com mais de 80 anos. A reportagem procurou Cláudia e a defesa dela, que não quiseram se manifestar. O R7 tenta contato com os outros réus. Veja abaixo todos os detalhes sobre caso. Um vídeo divulgado em primeira mão pelo R7 na época mostrou a aplicação da falsa vacina. Relembre a seguir: Veja também Minas Gerais Porteiro diz que falsa enfermeira oferecia recompensa por clientes Minas Gerais Genro de falsa enfermeira diz que vacina aplicada em MG era falsa Minas Gerais MP denuncia falsa enfermeira que forjou vacinação de empresários Entenda o caso A vacina aplicada nos empresários era verdadeira? Não. De acordo com a investigação realizada pela Polícia Federal, a Cláudia Mônica aplicou soro fisiológico nos clientes. Frascos do produto foram encontrados com a mulher durante a investigação. O inquérito ainda apontou que a investigada se passou por enfermeira, enquanto era, na verdade, cuidadora de idosos. Vítimas da falsa enfermeira fizeram testes que indicaram que elas não estavam imunes à Covid-19 na época. Quem são os denunciados? • Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas: a falsa enfermeira • Igor Torres de Freitas: filho de Cláudia. Segundo a denúncia, ele era responsável por oferecer a falsa vacina e receber os pagamentos. • Junio das Dores Guimarães: então genro de Cláudia (caso com Danievele). Trabalhava como motorista da sogra para levá-la aos atendimentos para aplicação das vacinas falsas. • Danievele Torres de Freitas: filha de Cláudia. Responsável por fornecer conta bancária para recebimento do valor pago pelas pessoas que compravam os imunizantes falsos. • Ricardo Carvalho de Almeida: então namorado de Cláudia. Acompanhava a companheira nos atendimentos. Segundo o MPMG, ele também identificava bens que poderiam ser comprados para dissimular a origem do dinheiro. • Wagner Hudson Pinheiro Torres: irmão de Cláudia. Segundo o MPMG, disponibilizou para a irmã e o sobrinho contas bancárias com o objetivo de ocultar a origem dos recursos. Ele ainda teria registrado em nome dele um carro que, na verdade, seria de Mônica. Quais os crimes imputados aos denunciados? • Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas: – Associação criminosa; – estelionato – uso de documento falso – falsidade ideológica – ocultação de bens • Junio das Dores Guimarães: – Associação criminosa; – estelionato; – ocultação de bens. • Igor Torres de Freitas: – Associação criminosa; – ocultação de bens. • Wagner Hudson Pinheiro Torres: – Associação criminosa; – ocultação de bens. • Danievele Torres de Freitas: – Associação criminosa; – ocultação de bens. • Ricardo Carvalho de Almeida: – Associação criminosa; – estelionato; – ocultação de bens. A falsa enfermeira está presa? Não. Ela responde em liberdade. Cláudia ficou presa por quatro dias durante as investigações, entre março e abril de 2021. Fonte: R7 – Minas Gerais

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