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segunda-feira, novembro 25, 2024

Animal de estimação não é brinquedo – Prisma

Na noite deste sábado, 10 de fevereiro, recebi uma série de mensagens no meu instagram pedindo ajuda para uma vaquinha digital com o objetivo de custear o tratamento de uma cadelinha em estado grave.

Isabella e Fernanda, as novas tutoras, disseram que acolheram esta pequena há cinco dias. Elas me contaram que a Lulu da Pomerânia, que ganhou o nome de Bisteca, foi jogada para o alto por uma criança e caiu direto no chão, perdendo os movimentos. E que, depois da queda, ainda passou a noite toda sem atendimento médico antes de ser levada para o veterinário, onde recebeu como sugestão a eutanásia. Enfim, ela não foi sacrificada e, no lugar disso, ganhou uma nova familia e está sendo amada e cuidada, mas o custo para salvar esta vida é alto e, por isso, foi criada a vaquinha. E nós divulgamos o caso nas redes sociais para que elas consigam o valor necessário.

Mas eu preciso muito aproveitar este caso triste para fazer um alerta. A cadelinha está assim porque foi tratada como um bicho de pelúcia. Como todos vocês sabem e podem relembrar nos meus textos anteriores, minha história recente como pai de cachorro começou a com a chegada de um Lulu da Pomerânia na minha vida, nosso Paçoca. E quatro deles fazem parte da minha vida. Justamente por isso, muita gente me pergunta sobre características da raça e uma das minhas respostas começa com outra pergunta: você tem criança pequena em casa? Se a resposta é sim, minha dica é para não escolher um Lulu, um animal, em geral, frágil e que, sim, parece um bicho de pelúcia, fazendo com que a chance de que ele seja tratado como tal num momento de distração dos pais seja gigantesca.

A verdade é que precisamos ter muito cuidado porque estamos falando de vidas e isso,  independentemente de raças e tamanhos. O meu filho vira-lata, o Hambúrguer, é de todos aqui de casa, o mais difícil de segurar. Porque ele se “derrete” no colo, escorrega mesmo, claramente tentando demonstrar felicidade por estar sendo acolhido, mas isso torna difícil para uma criança segurar com firmeza o menino.

É claro que não podemos generalizar e muitos pais de humanos são também pais cuidadosos de cachorros e estarão sempre atentos, mas todos nós sabemos que garantir este “sempre atentos” não é nada fácil, especialmente com bebês e filhotes juntos.

E, na outra ponta, se temos um cão grande, uma brincadeira ou reação também pode ferir a criança e causar um trauma.

Gente, histórias como a da Bisteca, infelizmente, são muito mais comuns do que a gente imagina e estes pequenos não merecem sofrer. Combinar crianças e animais de estimação é definitivamente a melhor escolha que uma família pode fazer, mas ela exige muita responsabilidade e cuidado. Bicho não é brinquedo.

Fonte: R7 – RPet

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