“Já ajudou muita gente e quando precisou de ajuda, foi negado, a Marcelly era uma mulher cheia de sonhos e deixa duas filhas adolescentes. Nossa família está com coração partido”, essas foram as frases ditas pelo padrasto da vítima, Celso José Ramos, durante a despedida da enteada na manhã desta quinta-feira (25), em Campo Grande.
Padrasto disse ainda que a entenda era saudável e tinha chances de sobreviver, mas o atendimento médico a ela foi negado. Marly Lopes, tia de Marcelly Marcia, também conversou com a reportagem do Diário Digital durante o velório da sobrinha. “Não podemos deixar que outras pessoas sejam vítimas de negligência médica. Perante a lei ninguém pode desrespeitar os funcionários que estão trabalhando nas unidades médicas, mas eles podem desrespeitar os pacientes negligenciando atendimento”, desabafou a tia.
A tia ressaltou ainda que a maioria dos funcionários está pelo salário e não por amor a profissão. ” Eles cuidam de seres humanos, fazem um juramento quando se forma, mas acaba deixando pessoas morrerem por falta de empatia”, finalizou a tia.
Marcelly Marcia Franca Almeida, de 33 anos procurou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino, mas horas depois acabou vindo a óbito.
A vítima chegou ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento) por das 13:00 se queixando de diarreia, vômito e queixa de dores no peito, com dificuldades de respirar e conforme o relatório médico evoluiu para uma parada cardiorrespiratória. Foi feito a tentativa de reanimação no local, mas a mulher não houve êxito e acabou falecendo as 16:45 da tarde do mesmo dia.
Investigação– A equipe da Delegacia de Polícia Civil investiga a causa da morte da paciente, Marcelly Marcia Franca Almeida, de 33 anos, que veio a óbito na terça-feira (23) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Coronel Antonino, em Campo Grande.
Segundo a família da vítima, a assistente social foi diagnosticada no último domingo (21) com dengue e na terça-feira (23) procurou atendimento médico, porém, esperou mais de 2 horas para ser atendida com queixas de diarreia, vômito, dores no peito e estava também com dificuldades de respirar.
Com a pressão arterial 7 por 4 – que é considerada baixa e sem medicamentos, ela morreu no local. O relatório médico informou que a paciente evoluiu para uma parada cardiorrespiratória. Foi feito a tentativa de reanimação, mas, Marcelly acabou vindo a óbito às 16:45 da tarde do mesmo dia.
A delegada que atendeu o caso, Joilce Reinaldo Ramos, relatou durante a coletiva de imprensa que a situação é bastante triste, porém, tudo deve ser investigado. “Os familiares procuraram ajuda, informando que eles acreditam que houve um erro médico, demora no atendimento e que isso possa ter acarretado morte dela”.