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quarta-feira, outubro 30, 2024

Abordagem, orientação e segurança: a rotina da Capitania dos Portos no litoral de SC

A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de Santa Catarina, intensifica as atividades durante o verão, dedicando-se a orientar e fiscalizar os navegadores de embarcações para reforçar a segurança no transporte aquaviário. Na última sexta-feira (19), a convite da Capitania, o jornal ND acompanhou o dia de trabalho dos fiscais, que abordaram lanchas, iates e motos aquáticas e averiguaram a habilitação náutica e a documentação das embarcações.

ND acompanhou um dia de trabalho da Capitania dos Portos em SC – Foto: LEO MUNHOZ/NDND acompanhou um dia de trabalho da Capitania dos Portos em SC – Foto: LEO MUNHOZ/ND

Desde o início da operação, em dezembro, já foi possível comprovar que as motos aquáticas são a principal preocupação neste verão, segundo o encarregado do serviço do tráfego aquaviário, comandante Mauro Soares. Em poucas horas, durante o trajeto da Beira-Mar Norte até a praia Tinguá, em Governador Celso Ramos, foram abordadas dez motos aquáticas. Destas, seis foram notificadas, seja por não apresentarem, no momento da abordagem, a documentação que comprovasse a titularidade do equipamento ou a habilitação, ou por colocarem em risco a segurança dos banhistas ao dirigirem a menos de 200 metros da faixa de areia.

“É muito comum encontrarmos pessoas não habilitadas conduzindo, principalmente, as motos aquáticas. Isso interfere diretamente na segurança de todos: banhistas e demais embarcações. Não necessariamente, mas muito provavelmente, essa pessoa não teve o curso necessário para cumprir as normas de segurança. Nesses casos, o piloto é conduzido até a marina mais próxima e notificado”, explica o comandante Mauro.

Distância da orla e garantia da segurança dos banhistas

Conforme a Capitania, as embarcações que invadem as áreas dos banhistas são bastante comuns. No Tinguá, na última sexta-feira, a maioria dos iates e motos aquáticas, mesmo que fundeados [com âncora lançada no fundo do mar], estavam próximos aos banhistas. Todos foram notificados e orientados a se distanciar da orla.

Capitania dos Portos em SC atua com orientação e abordagens no litoral Capitania dos Portos em SC atua com orientação e abordagens no litoral – Foto: LEO MUNHOZ/ND

“Há vários casos de pilotos de motos aquáticas e embarcações envolvidos em acidentes com banhistas. Nosso trabalho existe para salvaguardar e garantir a segurança dos banhistas”, cita o suboficial Rogério Dorneles.

Em outro caso, o piloto da moto aquática foi notificado porque não tinha o número de inscrição aparente.

“Nós verificamos a postura dos condutores em si e se eles estão respeitando as regras de navegação e de segurança”, diz o comandante Mauro Soares.

“Não é muito diferente de um carro, quando o policial para o condutor e a primeira coisa que ele pede é o documento do veículo e a habilitação do condutor. E quando a numeração não está aparente é como se o carro estivesse sem a placa”, acrescenta. Nestes casos, a embarcação fica sob posse da Capitania e o proprietário tem 90 dias para apresentar a documentação e comprovar a titularidade.

Operação Verão já abordou mais de 2.500 embarcações

As inspeções navais possuem caráter administrativo e consistem na fiscalização do cumprimento da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário.

Operação Verão já abordou mais de 2,5 mil embarcações pela Capitania dos PortosOperação Verão já abordou mais de 2,5 mil embarcações pela Capitania dos Portos – Foto: LEO MUNHOZ/ND

Além de verificarem as documentações das embarcações, os fiscais também observam a quantidade de passageiros a bordo – o número depende do tipo de embarcação -, como estão os equipamentos de salvamento (coletes e boias salva-vidas), e passam algumas instruções e recomendações aos pilotos.

Conforme o comandante Mauro Soares, desde 15 de dezembro, quando a Operação Verão começou, a Capitania dos Portos do Estado já abordou mais de 2.500 embarcações e notificou mais de 220 condutores – os valores variam de R$ 40 a R$ 2.200 e podem chegar a R$ 3.200 em caso de superlotação.

“O principal objetivo é orientar, mas dependendo do caso notificamos e a pessoa tem 15 dias para apresentar a defesa”, conta o suboficial Rogério Dorneles.

Aplicativo para compartilhamento de plano de viagem

App Naveseg é recomendado pela Capitania dos PortosApp Naveseg é recomendado pela Capitania dos Portos – Foto: LEO MUNHOZ/ND

Dentre as orientações dos militares aos tripulantes, está a utilização do aplicativo “Navseg”. Lançado em setembro do ano passado, o software para telefones celulares permite que o comandante da embarcação compartilhe o plano de viagem, possibilitando um rastreamento acompanhado pela Marinha, reforçando a segurança dos tripulantes.

“Estamos fomentando o uso do aplicativo durante as inspeções navais, porque ele é basicamente voltado para a segurança daqueles de quem vai para o mar”, relata o comandante.

“De maneira gratuita, o comandante informa que horas ele está saindo, quanto tempo pretende ficar fora, e que horas quer voltar. Com isso, nós conseguimos monitorar a embarcação. Caso ele não volte no horário previsto ou se tiver algum sinistro, o primeiro lugar que vamos procurar será onde ele informou”, explica Soares ao dizer que, por ser o primeiro verão em que o aplicativo está operando, poucas pessoas aderiram à opção.

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Fonte: R7 – Cidades

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