Dentro de uma cobertura em formato esférico, o espaço Geek do Festival de Literatura e Cultura de Macaé (Flicmac) está levando crianças e jovens para a imersão de uma linguagem de programação. Com as oficinas de robótica, que acontecem até sábado (11), no Parque de Exposições Latiff Mussi, os visitantes desenvolvem a “cultura maker” e despertam a criatividade. Quem passa pelo local entra no mundo do Scratch, Micro:bit, EV3, WeDo, Realidade Virtual, além de desafios Prototypus.
E as invenções não estão somente nos óculos de realidade virtual ou nos algoritmos do computador. A solução para um determinado problema pode começar no papelão, palito de madeira ou canudo, como revela a estudante de Química e monitora do espaço, Sofia Ávila. “Com os trabalhos manuais também conseguimos inserir o contexto de um conteúdo escolar como a história da arte, por exemplo. A partir daí programamos uma solução”, explicou a estudante.
Com os óculos da realidade virtual, o estudante Caynan Fernandes, 12 anos, conta que reconhece o cenário de blocos, cores e personagens. Ele não sabia, mas a definição trata-se de um scratch. Já as plaquinhas com leds, um micro:bit, que armazena informações visuais, acoplando sensores para um conjunto de programações. No Ev3 tem kits lego, usados em blocos para competições em robô.
Caynan e mais de 40 mil alunos da rede pública municipal de ensino irão passar pelo espaço durante os cinco dias do festival, que começou na última terça-feira (7). “Gostei de tudo que vi aqui, principalmente, dos programas que conheci no computador”, frisou o estudante.
Para a professora de robótica do programa Inovar e Aprender, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, Gilmara Santos, o objetivo é proporcionar oportunidades de acesso ao uso da tecnologia. “As oficinas possibilitam oportunidades de criação e pensamento computacional, a partir da utilização de ferramentas para soluções que desejamos”, acrescentou.
O Espaço Geek tem parceria com a Secretaria Adjunta de Ensino Superior.