Minha gente, mesmo depois de quase um ano após a morte de Palmirinha Onofre, a briga por sua herança milionária está muito longe de acabar. A cozinheira faleceu em maio de 2023, aos 91 anos, em decorrência do agravamento de problemas renais. As três herdeiras da icônica cozinheira passaram a travar uma disputa na Justiça pelos bens da mãe, com acusações de omissões de informações, ocultação de valores do espólio e má-fé, isso tudo começou duas semanas depois de sua morte.
Sandra Bucci é a fiha mais nova e responsável pelo inventário de Palmirinha. Só que suas irmãs Tania Rosa e Nanci Balan não concordam com a administração e contestam como a irmã informou ao juiz os bens da cozinheira, resumidos a uma conta bancária com R$ 8,13 e cotas da empresa Artes Culinária Palmirinha Ltda, que totalizam R$ 5.100.
Segundo o jornalista Gabriel Perline,Tania e Nanci se revoltaram com a falta de transparência da irmã caçula no inventário. “Sandra não menciona direitos autorais e de imagem, assim como venda de livros, temperos e alimentos, além de direitos de uso de marca, royalties e monetarização de redes sociais (…) o que causa estranheza”, pontuaram.
E também se queixaram que não conseguem acesso, desde a morte de Palmirinha, à prestação de contas e contratos. As duas não receberam nenhum centavo da empresa, enquanto Sandra teria recebido um empréstimo da mãe, em 2014, no valor de R$ 1,5 milhão para a compra de um apartamento, e jamais comprovou a devolução dessa dívida. Com isso, Tania Rosa e Nanci Balan pediram a impugnação do processo de inventário.
Mas Sandra reforçou que nunca recebeu o empréstimo e que ela foi quem mais cuidou da mãe em seus últimos anos de vida. Após a morte, ela teria pagado R$ 165 mil para cada irmã, referente ao quintão do empréstimo, acrescido de juros, que omitiram a informação do juiz: “A vida empresarial da minha mãe nunca foi de interesse de suas outras filhas”.
E acusou as duas irmãs de obter empréstimos nunca pagos pela mãe e afirmou que as três dividiram cerca de R$ 5 milhões, referentes a aplicações financeiras.
Elas tentaram um acordo em outubro de 2023, mas não obtiveram sucesso. Dois meses depois, Tania pediu a condenação de Sandra por litigância de má-fé e não pagamento de impostos dos empréstimos, além da exclusão da caçula do inventário, alegando sonegação de herança. As duas irmãs questionam os reais motivos da inventariante não apresentar os valores recebidos pela mãe.
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A irmã ainda solicitou o bloqueio das contas bancárias da mãe, “diante do risco de dilapidação de patrimônio”. “Frisa-se que o que se pretende é o impedimento da Inventariante de gravar ou alienar os bens, com a finalidade de assegurar o resultado útil do processo”. Nenhuma dessas solicitações foi apreciada pela Justiça e elas questionam onde estão os frutos das empresas.