- Em reunião da Frente Nacional de Prefeitos, Banco divulgou quatro faixas de valores de referência para esse tipo de financiamento
- Objetivo é atingir o maior número possível de municípios, principalmente no Norte e Nordeste
A superintendente da área de Desenvolvimento Social e Gestão Pública do BNDES, Ana Costa, apresentou um leque de soluções financeiras para a implementação de centros de operações de cidades (COCs). A divulgação foi feita a representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) durante encontro da Comissão Permanente da FNP de Cidades Atingidas ou Sujeitas a Desastres, no Centro de Operações Rio.
A superintendente anunciou quatro faixas de valores referenciais para acelerar o financiamento e a implementação de modelos básicos de COCs nos municípios, com base no tamanho da população. Os valores são de R$ 12,9 milhões para municípios com até 50 mil habitantes, R$ 16,8 milhões (50 a 100 mil habitantes), R$ 25,8 milhões (100 mil a 500 mil habitantes) e R$ 35,8 milhões (acima de 500 mil habitantes). “Se o município quiser financiamento, já terá esses dados disponíveis para fazer o pedido de forma organizada”, frisou.
O BNDES também prevê um módulo intermediário de COC, com monitoramento de vídeo, e um módulo avançado com informações meteorológicas, hidrológicas e geológicas, além de dados sobre mobilidade e uso de inteligência artificial. Um levantamento do Banco mostrou 134 municípios que têm prioridade para instalar centros de operações.
Segundo Ana Costa, a intenção do BNDES é ampliar sua capacidade para atingir o maior número de possível de cidades. “Centros de operações podem salvar vidas”, ressaltou. “Queremos aproximar outros agentes financeiros e instituições estaduais de fomento dos municípios menores, para conseguirmos ampliar nossa atuação a todos os portes de municípios. Essa é uma determinação do próprio presidente Aloizio Mercadante, principalmente nas regiões Norte e Nordeste”. Para isso, o Banco está formando uma rede ampla de parcerias que envolve governo federal, Prefeitura do Rio, associações de municípios, agentes financeiros de desenvolvimento, organizações nacionais e internacionais de apoio a cidades e institutos de ciências e tecnologia.
A superintendente também destacou a importância de aplicar os recursos do Banco em investimentos qualificados. “Não queremos dar limite de crédito para ser usado sem planejamento. A prioridade é ajudar as prefeituras a fazer investimentos qualificados para construir uma visão de futuro, com cidades resilientes, digitais e seguras”, esclareceu.
Duas linhas de financiamento foram apresentadas — o Fundo Clima e o BNDES PMAT —, com taxas e prazos atraentes para os municípios. Segundo a superintendente, em 2025 também haverá um fundo de infraestrutura social para atender projetos em áreas como saúde e segurança.
Presente ao evento, o chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Marcus Belchior, destacou a credibilidade dos financiamentos oferecidos pelo Banco. “Pegar crédito com o BNDES é a maior garantia de realização de políticas públicas. Se não fizer, eles cobram. É uma certificação de que a política pública realmente será implementada”, avaliou.