Iniciativa trabalhou temas como obesidade e saúde mental dos alunos e aplicou mais de 130 mil vacinas
O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma colaboração interdisciplinar entre as secretarias de Saúde (SES-DF) e de Educação (SEE-DF). Somente em 2023, cerca de 294 mil estudantes foram atendidos pela iniciativa. Durante as visitas, equipes trabalharam entre os alunos questões como obesidade e saúde mental. Em termos de cobertura vacinal, os profissionais aplicaram 130 mil doses no ambiente escolar.
Por meio do PSE, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Riacho Fundo, por exemplo, lançou uma ação em seis escolas públicas da região para focar na alimentação saudável do público infantojuvenil. “Conseguimos pesar mais de 90% das crianças, identificando aquelas com obesidade, sobrepeso e baixo peso”, conta a gerente da unidade, Cláudia Nogueira. Os jovens, segundo a profissional, foram divididos entre as equipes de cuidado para acompanhamento, solicitação de exames e encaminhamento a consultas. “O intuito é replicar a prática em várias outras escolas da capital”, complementa.
A obesidade infantil é uma das principais preocupações do PSE. “A refeição fornecida nas escolas melhorou imensamente nos últimos anos, mas precisamos trabalhar a conscientização das famílias”, explica a gerente. O foco é promover bons hábitos para a vida dos estudantes.
Ideias que dão certo
O projeto da UBS 1 do Riacho Fundo foi uma das 14 ações apresentadas no I Fórum de Experiências Exitosas do PSE 2024. No biênio 2023/2024, 505 escolas aderiram ao programa. “Tivemos a maior adesão da história do DF, que tem crescido continLegendauamente a cada ciclo”, explica a coordenadora do PSE no âmbito da SES-DF, Dárika Ribeiro.
O próximo fórum deve ocorrer em junho de 2025 e acolhe não apenas projetos grandes, mas qualquer iniciativa interessante e desenvolvida na esfera do PSE. É possível encaminhar fotos e um pequeno relatório à Gerência de Apoio à Saúde da Família (Gasf), pelo e-mail: [email protected]. “Tudo que recebermos, vamos reunir em um portfólio para estimular a criatividade dos pares”, assegura o gerente da Gasf, Geandro Dantas.
Apoio psicológico reduz casos de bullying
Outro ponto forte do programa é focar na saúde mental dos alunos. O trabalho desenvolvido com estudantes surdos na Escola Bilíngue Libras e Português Escrito de Taguatinga rendeu à professora da SEE-DF Miriam Borges um prêmio dentro do último fórum. “Nossa equipe passou a realizar atividades de psicoeducação das emoções, ajudando-os a entender sentimentos e a trabalhar o autocontrole e a ansiedade”, detalha.
Como resultado, foi observado a redução de bullying na escola participante, além de promover uma sensibilização das famílias e/ou responsáveis quanto a um maior envolvimento e participação no processo educacional dos alunos.
Fonte: SES-DF