BRUNA FANTTI
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)
Cerca de 5.000 alunos estão sem aulas, nesta quarta-feira (28), por conta de operações policiais na zona oeste do Rio de Janeiro, em áreas do TCP (Terceiro Comando Puro). A ação policial ocorre um dia após a megaoperação que deixou nove mortos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, em Senador Camará, oito unidades de ensino optaram por cancelar as aulas. Nesse bairro, segundo a pasta, 2.358 alunos afetados. Já na Vila Aliança, 2.811 alunos estão sem aulas por conta da operação.
A Secretaria Estadual de Educação afirmou que, até o momento, duas escolas estão fechadas na região, mas não informou quantos alunos as unidades possuem.
A Polícia Militar avisa as secretarias das operações assim que elas têm início para as pastas optarem por cancelar ou não as aulas.
A região tem registros de tiroteios, e criminosos colocaram barricadas de ferro e concreto, óleo na pista, dois ônibus e até um carro da Comlurb, empresa de limpeza urbana, no caminho para dificultar a entrada dos agentes nas comunidades.
Em nota, a Comlurb afirmou que o motorista e a equipe de garis realizavam uma coleta de lixo na estrada do Taquaral, quando foram rendidos e obrigados por criminosos a atravessar o caminhão em um dos acessos da Vila Aliança.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com a Polícia Militar, até o momento não há feridos. Agentes estão atuando na retirada das barricadas.
Na terça (27), nove pessoas foram mortas em uma megaoperação da Polícia Militar do Rio de Janeiro em favelas dominadas pelo Comando Vermelho. Este foi o maior número de mortos em operação policial no estado em um único dia em 2024.
A ação também deixou dois policiais feridos, e cinco suspeitos foram presos.
Os PMs estiveram nos complexos do Alemão, da Penha e da Maré, na zona norte, e na Cidade de Deus, na zona oeste, entre outras localidades. Moradores relatam barulho de tiros desde a madrugada e dificuldade para sair de suas casas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em entrevista coletiva concedida à tarde, o secretário estadual de Segurança do Rio, Victor Santos, disse que a operação foi exitosa.