São Paulo, 26 – Karen de Moura Tanaka Mori, a “Japa” do Primeiro Comando da Capital (PCC), recebeu autorização para cumprir a prisão preventiva em casa com tornozeleira eletrônica. Ela é suspeita de lavar dinheiro para a facção criminosa.
O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, levou em consideração que ela tem um filho de 12 anos e que não é investigada por um crime violento.
“Apesar da gravidade dos fatos e dos indícios de autoria que pairam contra a indiciada, concluo, em observância ao Código de Processo Penal, que ela faz jus à prisão domiciliar”, diz a decisão.
A investigação que levou à prisão de Karen é um desdobramento da Operação Escudo, na Baixada Santista. Ela é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo Duro”, um dos principais líderes do PCC na região, assassinado em 2018.
No apartamento dela, no Tatuapé, na zona leste da capital paulista, os policiais apreenderam R$ 1 milhão e US$ 50 mil em espécie.
A investigação aponta que, após a morte de Wagner, Karen e seus familiares movimentaram mais de R$ 35 milhões. A evolução patrimonial chamou a atenção do Ministério Público. Para os promotores, eles são “laranjas” do PCC.
“Há informações de que a indiciada continua atuando e tem grande prestígio junto ao PCC, administrando os bens ocultados das autoridades com a ajuda de outros indivíduos que nela tem confiança para as operações”, escreveu o juiz ao autorizar a prisão domiciliar.
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COM A PALAVRA, A DEFESA DE KAREN
A reportagem entrou em contato com a defesa de Karen e ainda aguardava resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.
Estadão Conteúdo