Uma nova dimensão dos rituais de luto tem surgido com a evolução da exploração espacial.
Após o falecimento de indivíduos apaixonados por astronomia, famílias têm encontrado uma maneira de homenagear seus entes queridos enviando suas cinzas para a Lua.
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Cinzas humanas têm sido enviadas à Lua – Imagem: Nasa/Reprodução
No ano de 1998, a NASA enviou as cinzas do astrônomo Eugene Shoemaker para a Lua durante a missão Lunar Prospector, marcando o primeiro envio de cinzas humanas para o espaço.
No entanto, novos serviços oferecidos por empresas privadas estão permitindo que mais pessoas realizem o mesmo feito.
Em janeiro deste ano, a Celestis e a Elysium Space, duas empresas privadas, ofereceram um serviço semelhante, enviando também cinzas e amostras de DNA para a Lua.
O foguete Vulcan Centaur, que partiu da Flórida, carregava a Peregrine, uma sonda encarregada de pousar na Lua.
Apesar da tentativa, uma falha fez com que a Peregrine se desintegrasse ao atravessar a atmosfera terrestre no dia 18 de fevereiro.
Cargas deixadas na Lua geram debate
Aqui, cabe ressaltar que esse curioso serviço tem gerado controvérsias, já que os indígenas da tribo Navajo da América do Norte expressam sua discordância devido ao status sagrado que atribuem à Lua.
O debate se estende até mesmo a outros itens já deixados na superfície lunar, como uma fotografia deixada por Charles Duke durante a missão Apollo 16 em 1972.
Quanto custa enviar itens para a Lua?
A Celestis e a Elysium cobram, em média, 13 mil dólares para enviar uma pequena carga para a Lua, o que equivale a quase 65 mil reais.
Apenas pequenas cápsulas funerárias contendo materiais previamente autorizados podem ser enviadas para a missão lunar.
Apesar dos obstáculos e controvérsias, é inegável que a evolução da exploração espacial está abrindo novas fronteiras, não apenas para a ciência e a tecnologia, mas para práticas comerciais e até mesmo rituais de luto.
Quem sabe como isso pode evoluir à medida que a viagem ao espaço se torna cada vez mais acessível?