A inflação oficial do país desacelerou e ficou em 0,42% em janeiro, mas não aliviou o bolso do consumidor. Os grupos de alimentação e bebidas (1,38%) e saúde e cuidados pessoais (0,83%) foram os maiores responsáveis pelo aumento dos preços. Nos últimos 12 meses, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumula alta de 4,51%.
O resultado deste mês foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos, especialmente os tubérculos, raízes e legumes, que subiram 11,14%. No grupo, a cenoura (43,85%) e a batata inglesa (29,45) registraram as maiores altas do mês.
As frutas também contribuíram para este cenário, com destaque para o aumento dos preços da manga (23,35%), maracujá (22,06%), laranja-lima (21,16%) e abacaxi (10,31%).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. Apesar de o grupo Transportes ter registrado queda de 0,65% no mês, os preços do metrô e do trem subiram 7,07% e 6,48%, respectivamente.
Em Saúde e cuidados pessoais (0,83%), os itens de higiene pessoal subiram 0,94%, influenciados pelas altas do produto para pele (2,64%) e do perfume (1,46%). O plano de saúde (0,76%) e os produtos farmacêuticos (0,70%) também registraram alta em janeiro.
Quedas
Por outro lado, houve queda nos preços dos transportes, que ficaram 0,65% mais baratos. O limão foi o subitem com maior impacto individual no índice deste mês (-20,54%), seguido pela abobrinha (-17,95%), passagem aérea (-15,22%). No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023.
Os transportes por aplicativo também tiveram uma queda significativa, de 10,19%. Já a queda na energia elétrica residencial (-0,64%) foi influenciada pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,79%), Fortaleza (-0,27%) e Salvador (-9,11%), a partir de 1º de janeiro, bem como pela apropriação do reajuste de 13,00% nas tarifas em Rio Branco (5,00%), a partir de 13 de dezembro.