LEONARDO ZVARICK
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
A farmacêutica japonesa Takeda, fabricante da vacina contra dengue Qdenga, limitou desde a semana passada o fornecimento de novas doses para hospitais e clínicas particulares no Brasil. Segundo a empresa, a decisão foi tomada com o objetivo de garantir atendimento prioritário ao Ministério da Saúde, que vai distribuir o imunizante pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O país já teve 144 mil casos confirmados da doença desde o início do ano, segundo painel de monitoramento mantido pela pasta.
Em nota, a empresa afirma que o fornecimento da vacina no mercado privado brasileiro “será limitado para suprir e priorizar o quantitativo necessário para que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante na rede privada completem seu esquema vacinal”.
Em São Paulo, clínicas e hospitais particulares começaram a registrar desabastecimento da Qdenga nesta semana, em meio à crescente demanda pelo imunizante.
Disponível na rede particular desde julho do ano passado, o imunizante custa de R$ 400 a R$ 490. O esquema vacinal é composto de duas doses com intervalo de três meses.
A Qdenga foi recentemente incorporado ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) e será aplicado a partir de fevereiro, segundo o Ministério da Saúde. No primeiro momento, a vacinação será destinada a crianças e adolescentes de 1 a 14 anos, que têm maior taxa de hospitalização pelo vírus.
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As doses serão disponibilizadas para cerca de 500 municípios em 17 unidades da federação, segundo a pasta, com prioridade para regiões com alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus. A expectativa do governo é vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas em 2024.
“Os compromissos firmados com os municípios anteriormente à incorporação no SUS serão plenamente honrados”, diz a Takeda, em nota. “Temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025. Em paralelo, estamos buscando todas as soluções possíveis para aumentar o número de doses disponíveis no país, e não mediremos esforços para isso”.
A empresa diz ainda que busca parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção das vacinas para atendimento ao SUS.
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