Uma cozinha autoral sazonal, que usa ingredientes de pequenos produtores locais, é a base do Jacó, restaurante recém-aberto na Vila Madalena. A casa é uma das estreias mais promissoras deste ano —ou ao menos uma das mais badaladas, já que tem reservas esgotadas.
À frente do endereço está Iago Jacomussi, chef de 25 anos, com diploma da Le Cordon Bleu e passagens pelo Evvai, pelo Maní e por restaurantes com estrela Michelin em Portugal e na Dinamarca.
“Ainda como estagiário, dava para perceber que ele se destacava”, diz Luiz Filipe Souza, o chef do Evvai.
A partir dessa bagagem, Jacomussi criou um cardápio sazonal que busca usar os insumos por completo. O alho-poró, por exemplo, surge confitado em manteiga e na forma de pó, em prato que custa R$ 56. A manteiga usada vira o molho bernaise que acompanha o vegetal, servido com picles de pimenta-de-cheiro.
O menu segue uma tendência paulistana e não tem divisão entre entrada, principal e sobremesa. A proposta é compartilhar na mesa. Assim, numa visita com três ou quatro pessoas, é possível provar todas as 12 receitas listadas.
Uma das sugestões é o rosbife, cozido durante cinco horas, regado com salsa verde que leva aliche, estragão e alcaparra (R$ 62).
Antes, comece pelo couvert, um pão produzido em parceria com a padaria Assaz, servido com manteiga que mistura pistache, parmesão e basílico —em breve, ficará disponível para comprar no local.
O bar, comandado pela argentina Chula Barmaid em conjunto com Denis Almeida, recebe a mesma atenção e traz elementos da cozinha —ambos ficam expostos ao público no salão.
Caso da pimenta-do-cheiro, usada para infusionar a vodca do dill e dry (R$ 39). Opção refrescante é o verde hortelã (R$ 41), que mistura rum, limão, clarificado e espuma de hortelã por cima.
Antes de ir, a dica é fazer reserva, mas também há atendimento por ordem de chegada.