“Não mais exigindo um conjunto de habilidades de nicho, as interfaces fáceis de usar para modelos de IA em larga escala já permitiram uma explosão de informações falsificadas e do chamado conteúdo ‘sintético’, desde a sofisticada clonagem de voz até sites falsificados”, avalia o WEF.
O relatório observa que detectar esses conteúdos sintéticos “está cada vez mais difícil”, mesmo para ferramentas especializadas, e que os esforços de governos para criar regulações não consegue alcançar em “rapidez e efetividade” o ritmo de desenvolvimento da IA. O documento aponta que existem iniciativas que poderiam complementar esses esforços, como a exigência da China para que conteúdos gerados por IA tenham marcas d’água para identificação, mas alerta que isto não impede a disseminação de desinformação por não deixar claro a veracidade e intenções por trás do conteúdo, “confundindo” o público.
E o risco é de que esses conteúdos possam ampliar a polarização e minar a legitimidade de governos recém-eleitos. “Os resultados desse cenário podem variar de protestos violentos e crimes de ódio a confrontos civis e terrorismo”, alerta o WEF.
Nos próximos dois anos, aproximadamente 3 bilhões de pessoas ao redor do mundo devem votar em disputas eleitorais, incluindo Estados Unidos, Índia, Rússia, Indonésia, México e Reino Unido. Abrindo este período, Taiwan realizará eleições presidenciais no próximo sábado (13).
O relatório também analisa outros riscos para a economia global, dividindo em listas de curto e longo prazo. Além de desinformação, completam a lista de maiores riscos globais nos próximos dois anos, por ordem de importância: eventos climáticos extremos, polarização social, insegurança cibernética, conflitos armados entre Estados, falta de oportunidade econômica, inflação, migração involuntária, recessão econômica e poluição.
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