SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A atual gestão da Sabesp tem trabalhado sua comunicação interna para salientar os eventuais benefícios da privatização da companhia a seus funcionários.
Em lives, visitas a unidades e em reuniões com a diretoria, a liderança reforça a potencial expansão e ganho de eficiência da empresa.
“Ou seja, trazer para as pessoas a visão de que é importante abraçar essa novidade. Isso tem dado super certo. O medo da privatização, aquela angústia do que é novo, começa a deixar de existir”, disse André Salcedo presidente da Sabesp, em evento do UBS BB, nesta terça-feira (30).
Segundo o executivo, a incerteza sobre o futuro entre os colaboradores tem dado lugar à expectativa de crescimento na carreira e desenvolvimento pessoal.
“Mexer no mindset é uma questão muito importante. Para que essa pessoa embarque nessa nova jornada, ela tem que sentir parte dela. E esse processo de conjugar essas duas percepções, de alguém que está há muito tempo fazendo a mesma coisa da mesma forma, e demonstrar o porquê isso tem que ser mudado, do valor que tem nessa nova agenda, é um processo que dá muito trabalho, mas tem que ser feito”, afirmou Salcedo.
Ele defende que a operação de serviços não deve ser função do Estado. “Estado tem funções específicas que ninguém pode tirar dele. É regular e supervisionar e, obviamente, estabelecer as regras do jogo. Qualquer coisa fora disso, operar e tudo mais, é uma disfunção que, se necessária, tem que ser temporária.”
Salcedo elogiou os projetos de privatização dos estados de Alagoas, Amapá, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
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“A regulação é o pilar de tudo. Ela tem que ser clara. O regulador tem que ter capacidade de atuar e incentivar investimentos de qualidade e com eficiência, e tem que ter os mecanismos de supervisionar, punir e garantir que o estabelecido em contrato é, de fato, entregue.”
A expectativa do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) é de concluir a privatização da Sabesp em julho deste ano, antes das eleições municipais.
O estado de São Paulo também conta com a adesão de todas as cidades atendidas pela companhia, já que há eventuais multas e rescisões com as quais a maioria dos municípios não poderia arcar. São Paulo, o maior deles, por exemplo, já deu sinal verde para a desestatização.