O Conselho de Ética Pública da Presidência da República (CEP) arquivou uma investigação que envolvia o “gabinete” da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. A denúncia era referente ao escritório dela no Palácio do Planalto, de onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva despacha.
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A decisão, relatada pela conselheira Kenarik Boujikian, foi publicada na última terça-feira, 23. A investigação foi sobre um possível “desvio ético” do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e da secretária-executiva do órgão, Miriam Belchior.
O CEP entendeu que há “ausência de materialidade” e que não há indícios de “infração ética”. A primeira-dama passou a ocupar uma sala no Palácio do Planalto em janeiro de 2023, mesmo mês em que Lula voltou à Presidência da República.
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Janja quer “gabinete” como as primeiras-damas norte-americanas
Janja também reivindica publicamente, desde o ano passado, um gabinete oficial nos moldes do que é usado pela primeira-dama norte-americana, na Casa Branca. “A primeira-dama dos Estados Unidos tem um”, argumentou, em entrevista publicada no dia 5 de novembro, no jornal O Globo.
À época, Janja havia dito que as primeiras-damas dos EUA têm “agenda e protagonismo, e ninguém questiona”. “Por que se questiona no Brasil?”, perguntou. “Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros.”
Na ocasião, ela também rebateu a ideia de que teria participação direta nas decisões do governo Lula. “O povo acha que fico lá sentada”, disse a primeira-dama brasileira. “Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma cerveja. Quando estou incomodada, vou lá e questiono. Não é porque sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom.”
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