O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirmou que as recentes buscas e apreensões contra políticos de direita comprovam a perseguição contra opositores no país. Ele proferiu a declaração nesta quinta-feira, 25, em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro.
O ex-diretor da Abin se tornou alvo da Polícia Federal (PF) exatamente uma semana depois da operação de busca e apreensão contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Ambos os políticos têm algo em comum: são pré-candidatos a prefeito no Rio de Janeiro. O primeiro deles pode administrar a capital fluminense, enquanto o segundo deve tentar a vaga em Niterói.
“Muitas coincidências não existem”, disse Ramagem, ao mencionar as recentes operações da PF. “Quando se analisam os elementos para a busca e apreensão, não existem. A perseguição que se faz é inequívoca e evidente à liberdade de expressão.”
O ex-diretor da Abin diz que há três focos de censura atualmente no país: 1) as redes sociais; 2) as manifestações de rua; e 3) a oposição.
“Eles aterrorizam o direito democrático de o povo estar nas ruas”, constatou Ramagem, sem citar os responsáveis por tal medida. “A oposição no Legislativo está fragilizada, em desequilíbrio, e também no Executivo. Não desejam que a direita chegue às prefeituras, onde se deseja a liberdade, o bem-estar, a ordem e a segurança pública.”
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Na entrevista, o deputado reafirmou que não prestará depoimento à Polícia Federal até que tenha acesso aos autos do processo. Oeste apurou que a oitiva estava marcada para esta quinta-feira.
Ao ser indagado se há um regime democrático no país, Ramagem respondeu que não. “Estamos já consolidados no autoritarismo no Brasil, com legitimação da grande imprensa — o que é pior”, afirmou.
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