O Brasil dará início em fevereiro à campanha de vacinação contra a dengue, após o aumento do número de casos deixar o governo em alerta, informaram autoridades.
O Ministério da Saúde anunciou a chegada, no fim de semana, de uma primeira remessa da vacina, de um total de 6,5 milhões que espera receber em 2024. O primeiro envio contém cerca de 750 mil doses da vacina.
Chamada Qdenga e produzida pelo laboratório japonês Takeda, a vacina foi aprovada em dezembro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outros países, como Indonésia e Tailândia, também a autorizaram, além da União Europeia.
Com 203 milhões de habitantes, o Brasil registrou 56 mil casos de dengue nas duas primeiras semanas do ano, o dobro do mesmo período do ano passado, com seis mortos, segundo dados oficiais. Em 2023, os casos já haviam aumentado 57% em relação ao ano anterior.
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante pelo sistema público de saúde. O governo pretende vacinar 3,2 milhões de pessoas, que devem receber duas doses.
A segunda remessa, com 570 mil doses, chegará em fevereiro. Segundo o ministério, o alcance reduzido da campanha se deve à capacidade limitada de produção da farmacêutica.
A vacina será aplicada em crianças de 10 a 14 anos, faixa etária com maior número de internações por dengue. Também serão priorizados municípios com mais de 100 mil habitantes e alta incidência de infecções.
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A vacina também está disponível na rede privada, a um custo de a partir de cerca de R$ 400 a dose.
© Agence France-Presse