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segunda-feira, novembro 25, 2024

Cuiabá espalha ‘cracolândias’ na região central

Para quem passa pela região central e por outras áreas de Cuiabá, a sensação é clara: o número de moradores de rua vêm aumentando de forma desenfreada na Capital, já que os aglomerados formados por aqueles que não têm onde morar podem ser observados por toda a cidade. Em bairros mais periféricos, como Jardim Leblon, Pedregal, Araés e Quilombo, por exemplo, homens e mulheres dormem pelas calçadas, reviram lixo à procura de comida e fazem uso de entorpecentes a qualquer hora do dia.  

Último levantamento do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) aponta que 1 a cada 1000 brasileiros não tem moradia no país. Em Mato Grosso, números do Cadastro Único (CadÚnico) revelam que 3.051 pessoas vivem nessa situação. Conforme a Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, 900 destas pessoas se encontram na Capital, sendo que 450 são acompanhadas no projeto “Quero Te Conhecer”, que tem por objetivo identificar as pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência. Estudiosa afirma a necessidade de políticas públicas eficientes para fornecer assistência e qualidade de vida a esse público.  

Doutora em Sociologia, Patrícia Félix, afirma que Mato Grosso segue a mesma realidade de outros estados brasileiros, que é a falta de políticas públicas eficazes para evitar que pessoas acabem nas ruas. “Existem condições de pobreza que realmente levam as pessoas a fazerem das ruas sua moradia. E quando neste cenário, elas têm dificuldade de sair por falta de políticas públicas efetivas, em termo de saúde, educação, geração de renda, emprego”.    

Félix acompanha estudos realizados com essa população e afirma que a cada pesquisa publicada constata-se o aumento daqueles que moram nas ruas. Diante disso, uma questão que vem sendo levantada pelo movimento nacional de pessoas em situação de rua é o “moradia primeiro”.

“O que comumente acontece é ofertarem centros de acolhimento e analisar a necessidade imediata e depois se pensa na casa. O Moradia Primeiro é justamente o contrário: se dá uma casa e depois de instalado, ele tem condições físicas e mentais de procurar um emprego, um tratamento médico, etc”.  

Leia a reportagem completa na edição de A Gazeta

Fonte: R7 – Cidades

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