Tremores são inevitáveis e não podem ser previstos. Divulgação / Prefeitura de Sete Lagoas Pesquisadores do Observatório Sismológico Nacional estão a caminho de Sete Lagoas, a 78 km de Belo Horizonte, para montar a maior rede sismológica do Brasil. Os sismógrafos, com tecnologia de ponta, conseguirão identificar todo e qualquer tremor, além da causa e a consequência deles, para não haver danos para a população da cidade. A cidade, no interior de Minas Gerais, vem sofrendo com recorrentes tremores de terra, até então sem esclarecimento. Porém, de acordo com Edmundo Diniz, secretário do Meio Ambiente e presidente do Comitê de Estudos dos Tremores em Sete Lagoas, os abalos sísmicos são inevitáveis. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu Whatsapp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto “O mais importante é trazer a verdade a população, que não deve ter pânico com o que está acontecendo, tem que ter cuidado, se prevenir”, declara. “Nós temos a conclusão do Observatório Sismológico Nacional, junto com a UNB (Universidade de Brasília) e a USP (Universidade de São Paulo), que aponta que se trata de tremores naturais, fruto de uma acomodação de uma placa geológica”, afirma. A Defesa Civil de Sete Lagoas, para instruir os moradores durante os tremores, produziu uma cartilha de prevenção em caso de acidentes. De acordo com Sérgio Andrade de Carvalho, coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil, ainda não é possível afirmar que qualquer problema estrutural tenha sido causado pelos abalos sísmicos. “Precisamos analisar cada situação. O aparecimento de trinca é cedo para afirmar se é proveniente ou não desses abalos”, declarou. Veja também Minas Gerais Corpo de adolescente desaparecida é encontrado enterrado em BH Minas Gerais Câmera flagra assalto a motorista de aplicativo em BH Minas Gerais Raio causa danos ao metrô de BH pela segunda vez em cinco dias Apesar da situação preocupante, segundo a previsão de estudos e relatórios, não há hipótese de tremores maiores que 2,9 na escala Richter. Valores entre 2,0 e 2,9, não são sentidos pela maioria da população, apenas registrados por sismógrafos. “Nós não podemos descartar porque são fenômenos da natureza e não temos controle sobre eles, mas é muito pouco provável [que passe de 2,9]”, declarou Diniz. Na terça-feira (16), a cidade de Sete Lagoas foi atingida por três tremores, em um intervalo de apenas seis horas. Diversas ocorrências do fenômeno natural foram registradas nesta semana. Até o momento, apenas abalos de baixa magnitude foram identificados. Centro de Sismologia da USP apontou 49 abalos sísmicos em MG Divulgação / USP O Centro de Sismologia da USP apontou 49 abalos sísmicos no estado de Minas Gerais de 2016 até este ano distribuídos entre Sete Lagoas e regiões próximas, como Capim Branco, Matozinhos e Pedro Leopoldo. Os últimos registros de tremores de terra aconteceram nesta terça-feira (16), durante a madrugada. *Estagiário sob supervisão de Lucas Eugênio Fonte: R7 – Minas Gerais