
São Paulo, Brasil
Com uma dívida de cerca de R$ 700 milhões, o Vasco da Gama estava há anos travado, sem ter como montar grandes equipes, crescer como clube social, reformar o estádio São Januário.
O clube foi rebaixado para a Segunda Divisão em 2020 e não teve forças para retornar em 2021. A perspectiva de 2022 era péssima.
Daí, o desespero da diretoria. Principalmente do presidente Jorge Salgado.
O dirigente passou a buscar investidores, desde que a legislação brasileira mudou em relação ao controle dos clubes. E foi criada a Sociedade Anônima do Futebol, que permite que empresas ou pessoas possam ser ‘donas’ do clube, adquirindo ações.
O que foi feito por Ronaldo no Cruzeiro e pelo norte-americano John Textor, no Botafogo.
O dia é de festa em São Januário.
Salgado conseguiu amarrar um contrato que, a princípio, é de R$ 700 milhões, para ‘zerar as dívidas’, tornar o clube administrável. E ainda garantiu a reforma de São Januário, transformá-lo em uma arena multiuso.
O Vasco, a princípio, vai vender 70% do controle do clube para a investidora 777 Partiners, com sede em Miami.
E já está previsto um aporte imediato de R$ 70 milhões para pagar as dívidas imediatas.
Para o acordo ser sacramentado é necessária a aprovação dos sócios e conselheiros. Se por acaso houver o ‘não, os R$ 70 milhões, seriam considerados mero empréstimo, que teriam de ser devolvidos, com juros.
O grupo de Jorge Salgado fez questão que a negociação fosse tornada pública. Para pressionar os conselheiros e sócios pela aprovação.
O clima é de euforia em São Januário.
Há a certeza que o Vasco sofrerá uma reestruturação imensa.
Outros clubes estão estudando a sério a possibilidade de se tornarem SAF.
Endivididadas, as diretorias de São Paulo e Santos buscam investidores…