O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não comparecerá à cúpula do clima COP26, que será realizada no mês que vem em Glasgow, na Escócia, confirmou nesta quarta-feira (20) seu porta-voz.
“Não, infelizmente ele também não irá a Glasgow”, disse Dmitry Peskov, durante entrevista coletiva.
Um dia antes, o Kremlin informou que o presidente russo não viajará a Roma para participar da cúpula do G20 no final do mês, mas participará por videoconferência.
Peskov não esclareceu se Putin irá falar remotamente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), na cidade de Glasgow, no Reino Unido, entre 31 de outubro e 12 de novembro.
“Estamos em contato com a organização e assim que soubermos de algo mais o comunicaremos”, acrescentou seu porta-voz.
Putin confirmou há uma semana em um fórum de energia em Moscou que seu país, o quarto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, pretende atingir a neutralidade climática até 2060.
Ele disse que a Rússia está “plenamente ciente da importância dos desafios nesta esfera”.
“Podemos ver e sentir todas as ameaças e riscos, tanto para o ser humano, para o planeta e também para outros países”, acrescentou.
Ele explicou que na Rússia a temperatura média anual aumentou 2,5 vezes mais rápido que a global e que, na última década, aumentou 0,5 graus.
“No Ártico, as temperaturas estão subindo ainda mais rápido”, disse ele.
A Rússia, afirmou, apoiou iniciativas para combater as mudanças climáticas e cumpriu seus compromissos.
Nas próximas décadas “pretendemos garantir que nossas emissões sejam menores do que as da União Europeia (UE)”, disse.
A UE estabeleceu o objetivo de se tornar neutro para o clima até 2050 e de uma redução líquida de emissões de “pelo menos 55%” até 2030.