
São Paulo, Brasil
“O que acontece no São Paulo se resolve no São Paulo.”
Essa foi a famosa frase que o ex-presidente Leco mais repetiu, quando assumiu o clube em outubro de 2015.
Ele chegou ao cargo depois da renúncia de Carlos Miguel Aidar, depois de negociações questionadas.
Só que ter se tornado o pior presidente da história do São Paulo, com cinco anos acumulando fracassos no futebol e endividando o clube, Leco também se mostrou um péssimo analista.
O que aconteceu no São Paulo, não ficou no São Paulo.
Depois de anos de investigação, o Ministério Público denunciou oito pessoas sob a acusação de fraude e lavagem de dinheiro na administração Carlos Miguel Aidar.
As acusações são gravíssimas, de acordo com MP.
No processo, divulgado pela Gazeta Esportiva, investigações chegaram à conclusão que Carlos Miguel Aidar e Cinira Maturana, então sua namorada, se apropriaram de R$ 752 mil, que seriam do São Paulo.
O diretor jurídico de Aidar, Leonardo Serafim, teria recebido R$ 70 mil para aprovar o escritório José Roberto Cortez Advogados, pagando mais do que a média dos advogados de São Paulo, desprezando, por exemplo, o jurista Ives Gandra que trabalhava de graça para o clube.
Há dois momentos centrais nas investigações, a contratação do zagueiro Iago Maidana e as negociações com a Under Armour.
Entre os acusados, está Douglas Schwartzmann.
Ele era diretor de marketing e comunicação, na gestão Aidar. Ele é acusado de lavar R$100 mil. Schwartzmann é o atual secretário-geral, na gestão Julio Casares.
Os envolvidos negam as acusações.
Conselheiros pressionam Julio Casares para que ele afaste Douglas Schwartzmann do clube. Até que sejam esclarecidas as acusações.
Não bastasse a crise técnica do time.
Agora, a exposição do clube.
Leco, outra vez, estava completamente enganado…