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Estupro: parentes de presos pediram para vítima tirar queixa

Mulher denuncia estupro coletivo em festa em Águas Lindas. PM do DF teria participação

Mulher denuncia estupro coletivo em festa em Águas Lindas. PM do DF teria participação Reprodução/Record

O Ministério Público do Goiás (MPGO) defendeu, em manifestação para a Justiça, para que os acusados de cometer um estupro coletivo contra uma mulher de 25 anos, em Águas Lindas de Goiás (GO), continuem em prisão preventiva ao longo das investigações. Uma das alegações é de que familiares dos acusados teriam entrado em contato com a vítima, pedindo que ela retirasse queixa. Segundo o relato, feito pela própria vítima, o ato de violência ocorreu na madrugada de 9 de outubro e foi denunciado no mesmo dia.

Na audiência de custódia, os advogados dos suspeitos entraram com pedido de liberdade. Na manifestação, o MPGO alega que a manutenção das prisões são necessárias para “proteger a higidez da vítima e de todos que ainda prestarão depoimento, eminentemente quando se constata que familiares dos autuados estão tentando convencer [a vítima] a ‘retirar a queixa'”. 

A promotoria sustentou que “os depoimentos, as mensagens, vídeos e fotos anexados aos autos pela defesa dos flagrantes não afasta a presença dos requisitos de prisão preventiva”. A defesa dos acusados usou dos atributos pessoais como serem réus primários, possuírem bons antecedentes, residência fixa e estarem empregados para solicitar a soltura, argumento que também foi questionado pelo MPGO como não sendo “condão de garantir, por si só, a revogação”. 

Por enquanto, três dos seis suspeitos de terem praticado o estupro estão presos. Um deles é  um subtenente da Polícia Militar do DF e um dos donos do lote em que fica a residência onde teria acontecido o crime. Na sexta (15), a vítima mudou parte da versão do primeiro depoimento, dizendo não ter certeza da participação de um sexto suspeito. 

O crime

A vítima contou que foi a uma festa na noite anterior e que, ao amanhecer, foi convidada por duas mulheres a dormir em um dos quartos. Ela aceitou o convite e as mulheres foram embora. Na sequência, o policial militar teria entrado armada no local e iniciado o estupro. A mulher relatou que outros dois homens entraram e continuaram a violência. Depois entraram outros dois e, por último, mais um. Na versão mais recente, a vítima disse não ter certeza de um sexto agressor

Ela manteve a versão que “nenhum dos crimes sexuais foi consensual” e que pediu socorro, mas ninguém a ajudou. Ela conseguiu fugir, vestindo a camiseta do próprio policial e pediu ajuda a pessoas que passavam no local. A jovem foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Municipal Bom Jesus para atendimento médico.

Na delegacia, ela reconheceu três dos seis suspeitos. Após a denúncia, os suspeitos foram conduzidos à 17ª Delegacia Regional de Águas Lindas e foram presos em flagrante. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da cidade assumiu o caso.

Ao R7, o advogado do policial militar, Aldenio de Souza, pôs em dúvida parte do depoimento da vítima. Disse, entre outras coisas, que ela não teria fugido do local, como relata, mas que teria permanecido em frente à residência por cerca de 20 minutos depois de despertar. “A palavra da vítima em crimes dessa natureza tem que ter um peso a mais, pela dificuldade de ela produzir provas, mas isso não pode ser levado como verdade absoluta”, argumentou.

A reportagem tentou novo contato com a defesa dos acusados, questionando sobre a versão do MPGO de que os familiares dos autuados tentaram fazer contato com a vítima. Até a última atualização, não houve retorno por parte dos advogados. 

Já a Polícia Militar do DF disse que aguarda a conclusão do inquérito para definir a situação administrativa do subtenente preso. A corporação afirmou, em nota oficial, que “todas as medidas cabíveis serão tomadas” se “restar configurada a participação de um integrante da corporação”. 

Fonte: R7 – Brasília

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