Cientistas mundiais alertam para o consumo insustentável e arriscado da carne de tubarão. Estudos internacionais publicados entre 2020 e 2021 mostram que os brasileiros comem tubarão por cação e esse consumo ameaça a espécie e a própria saúde.
O doutor em ecologia e biologia evolutiva Vicente Faria, professor da UFC e pesquisador do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), chama a atenção para a preservação das espécies, no plural. Tubarões, raias e quimeras, que são parentes próximos, estão ameaçados de extinção.
O professor faz parte da União Internacional para a Conservação da Natureza e destaca dados de uma pesquisa publicada pelo grupo este mês. “Mostrando que mais de 30% das 1199 espécies de tubarões, raias e quimeras do mundo estão sob algum grau de ameaça. O que destaca como ameaça para esse grupo é a sobrepesca, ou seja, uma pesca além dos limites em que as populações as espécies podem suportar”.
As mudanças climáticas e a degradação do meio ambiente também são ameaças à vida marinha, diz o professor Vicente Faria.
Na Costa Cearense habita um pouco mais de 60 espécies tubarões, raias e quimeras. Quer dizer, habitavam. Parte delas agora são encontradas apenas em registros.
Além do consumo insustentável, existem os riscos para a saúde humana. Ao longo da cadeia alimentar, tubarões e raia acumulam metais pesados, a exemplo do mercúrio, como explica Vicente Faria.
Os cientistas defendem o manejo da pesca e a proteção de áreas marinhas.
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