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Erro bizarro por pandemia e economia. Lei do mandante. Inferno astral do futebol na Globo

Luis Roberto e Roger Flores. Transmitiram do estúdio, por pandemia, e por economia da Globo

Luis Roberto e Roger Flores. Transmitiram do estúdio, por pandemia, e por economia da Globo Reprodução/Instagram

São Paulo, Brasil

“Gente, por favor, é importante pedir um milhão de desculpas aos torcedores do Cruzeiro e Vasco. Por conta da pandemia, estou narrando do estúdio e, para mim, o gol valeu.

“Para nós do estúdio, o gol do Daniel Amorim havia sido validado. Então, estou pedindo desculpas em nome de todos nós, porque eu, realmente, não sabia que o gol havia sido anulado. Para nossa transmissão, o jogo estava 2 a 0 para o Vasco.”

As palavras de Luis Roberto, no empate em 1 a 1, entre Vasco e Cruzeiro, ontem, seguem gravadas na TV Globo, como a maior falha na transmissão de futebol desde 25 abril de 1965, quando a emissora entrou no ar.

Amigos do narrador garantem que ele segue muito abalado pelo que aconteceu. Por mais que tenha havido um erro de coordenação da transmissão, o absurdo refletiu nele e no comentarista Roger Flores, que chegaram a criticar o Cruzeiro, por mais uma derrota.

Os jogos seguirão sendo narrados do estúdio da emissora. Não só pela pandemia, mas por uma questão de economia. Ou seja, é muito mais barato ter só um câmera, um produtor e um repórter nas transmissões. E o narrador e comentaristas no estudio ou em casa.

Mas os repórteres passarão a ter prioridade na transmissão.

Como aconteceu com o repórter Raphael De Angeli, que tentou informar Luis Roberto por três vezes que o jogo terminou empatado. E o narrador não o deixou falar,  que não ouvia, por conta da escolha do ‘melhor do jogo’. E também pela preocupação de não atrasar a programação.

Os repórteres poderão interromper os narradores, desde que o fato seja muito relevante, como foi o que aconteceu ontem, com a partida empatada e Luis Roberto insistindo na vitória do Vasco.

Quem estava em São Paulo foi ‘informado’ pelo narrador Cleber Machado que o erro da Globo Rio teria acontecido por conta do árbitro André Luiz de Freitas Castro. Cleber falou que a partida teria terminado 2 a 1 para o Vasco. Mas, avisado pelo VAR o juiz teria anulado o segundo gol vascaíno. E decretado o 1 a 1. Com o jogo acabado, que seria absurdo ainda maior.

O clima na emissora carioca que já estava péssimo ficou pior. Com a sanção do presidente Jair Bolsonaro à Lei do Mandante. O que garante aos clubes o direito de negociar com que emissora quiser os seus jogos como dono de casa. Ou seja, vários canais podem ter o direito de transmitir o mesmo campeonato.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei do Mandante. Acabou a farra do monopólio da Globo

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei do Mandante. Acabou a farra do monopólio da Globo DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO – 19.09.21

O projeto de lei 2336/21 acaba de vez com o monopólio de transmissão da emissora. A Lei do Mandante, como ficou conhecida, não invalida contratos assinados anteriormente. A Globo, por exemplo, seguirá com a totalidade de times do Brasileiro até 2024.

A lei anteriormente proibia que duas emissoras abertas diferentes mostrassem o mesmo campeonato, desde que não houvesse acordo entre elas.

Porém, tudo começará a ruir em 2022, já que os clubes que subirem da Série B não terão contratos com a Globo para a Série A. Poderão negociar a transmissão dos seus jogos, como mandantes, com quem bem entenderem.

A emissora carioca já percebeu que não terá só as grandes redes de televisão brigando, nas mesmas condições, pela transmissão do futebol.

Mas o streaming bancado por conglomerados bilionários que dominam o mundo também querem o melhor do futebol deste país: o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

2022 pode ser o último grande ano em termos de faturamento vindo do futebol por parte da emissora. Com a divisão de dois pacotes de transmissão. Um só para a Copa do Mundo no Catar e o outro com o Brasileiro e a Copa do Brasil.

Depois passará a encarar a realidade.

A do final de dominação, de monopólio.

Os erros primários, por economia, já está encarando…

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