
O Governo de São Paulo garantiu que não há nenhum problema de qualidade com as doses interditadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e aplicadas em quase três milhões de pessoas somente no estado paulista.
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, reafirmou que o critério para interdição e recolhimento das doses é técnico e se refere apenas ao envazamento dos produtos. “A qualidade dessa vacina não se discute, os testes feitos nas vacinas interditadas não se discute, o que se discuste é o procedimento”, explicou Covas.
As doses em questão foram produzidas em um nova fábrica da Sinovac, na China, que não existia na época em que a empresa passou por inspeção pela agência regulatória brasileira.
“Eu conversei com o almirante Antonio Barra Torres e a interdição não significa a proibição de uso nem a destruição das vacinas, elas apenas estão aguardando a fiscalização dessa nova fabrica da Sinovac pela Anvisa”, afirmou Doria.
A Anvisa publicou uma resolução, nesta quarta-feira (22), que determinou o recolhimento de lotes da CoronaVac, interditados de forma preventiva no início do mês. Segundo a agência, os documentos enviados pela Sinovac não garantem a qualidade das doses envasadas na China.
Ao todo, 25 lotes do imunizante, com cerca de 12,1 milhões de doses, foram vetados. Outros 9 milhões de doses, cujo IFA está em trâmite para o Brasil, também estão interditadas.
Essas vacinas foram envasadas com matéria-prima (Ingrediente Farmacêutico Ativo) de um laboratório que não passou por inspeção, quando representantes da agência estiveram no país asiático.