A cobrança de Julian Álvarez foi decisivo nas disputas de pênalti. O atacante argentino fez o gol, mas a arbitragem anulou por ele ter dado dois toques na bola. Llorente perdeu mais um, e o Atlético de Madrid foi eliminado pelo Real Madrid, que avançou às oitavas de final da Champions League.
A cobrança de Julián Álvarez foi a segunda do Atlético de Madrid. Antes, Sörloth já havia feito para a equipe da casa, enquanto o Real Madrid marcou com Mbappé e Bellingham.
O argentino escorregou e fez o gol, mas a arbitragem consultou o VAR e anulou o lance. No replay, é possível ver que Julián Álvarez toca duas vezes na bola. O Atlético de Madrid vai formalizar um pedido de explicação a Uefa pelo pênalti anulado, e a Uefa respondeu em comunicado (veja completo no fim da matéria).
A equipe justifica que regra XIV do regulamento da Champions League diz que é necessária uma movimentação clara da bola para anular o pênalti. Logo, sem imagens nítidas, a batida não poderia ser excluída.
Mesmo que acidental, o segundo toque é considerado uma infração. No tempo normal ou na disputa de pênaltis, o lance é anulado. O mesmo acontece se a bola bater na trave e o cobrador finalizar na sequência.
A polêmica gerou questionamentos. Um deles foi a dúvida sobre o uso de bolas com chips que detectam qualquer movimento. A tecnologia foi utilizada na Copa do Mundo de 2022 e na Eurocopa de 2024, mas ainda não entrou em uso na Champions League.
A tecnologia Connect Ball consiste em um sensor localizado no centro da bola que registra 500 dados por segundo através de sensores. Ela é auxiliada por dez câmeras especializadas localizadas em pontos estratégicos dos estádios.
Nem todos os estádios da Champions League possuem infraestrutura para a instalação das câmeras necessárias para a tecnologia.
Confira o comunicado da Uefa na íntegra:
“O Atlético de Madrid consultou a UEFA sobre o incidente, que levou à anulação do pênalti cobrado por Julián Alvarez no final da partida de ontem da Liga dos Campeões da UEFA contra o Real Madrid. Embora mínimo, o jogador fez contato com a bola usando seu pé de apoio antes de chutá-la, como mostrado no videoclipe em anexo.
Sob a regra atual (Leis do Jogo, Lei 14.1), o VAR teve que chamar o árbitro sinalizando que o gol deveria ser anulado. A UEFA entrará em discussões com a FIFA e a IFAB para determinar se a regra deve ser revista em casos em que um toque duplo é claramente não intencional”.
*Fonte: GE
