Carla Diaz estreou nesta sexta-feira, dia 24, na plataforma de streaming Prime Video, como estrela dos filmes A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais. As duas obras são baseadas nas versões e nos processos do crime que mais chocou o Brasil: o assassinato dos pais de Suzane Von Richthofen – a jovem, de classe média alta, com a ajuda do namorado e do cunhado, em 2002, armou a morte dos pais dela.
– O desafio de uma história real não é o que contar, mas como contar. Eu tinha curiosidade de saber como eles eram antes?, como era a relação com a família?, o que a Suzane sentiu naquela manhã se ela sabia que à noite ela ia matar os pais?. Foi aí que decidimos contar os dois pontos de vista partindo do que eles disseram no tribunal, contou o escritor Raphael Montes, que assina o roteiro com Ilana Casoy, para o jornal Extra.
Carla teve o desafio de dar vida à Suzane Von Richtofen nas telinhas e contou que a preparação para o projeto foi desafiadora:
– Eu precisava do distanciamento do meu julgamento pessoal em relação ao crime e à história real porque, se não, eu não conseguiria interpretar essa personagem em dois filmes que contam a mesma história mas com olhares totalmente diferentes. Os roteiros foram nosso norte mais importante, revelou.
Já para interpretar o namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, ficou sob a responsabilidade do ator Leonardo Bittencourt, que definiu o processo de construção do personagem como muito intenso:
– A imagem do Daniel é menos formada na cabeça das pessoas porque o caso se concentrou muito na Suzane e, por isso, eu tinha um pouco mais de liberdade de criação. Mas os roteiros eram muito ricos em detalhes de comportamento, personalidade, de como eles eram antes de o crime acontecer. Então, tínhamos que nos guiar por eles e sabíamos que eram 100% fiéis ao que estava nos autos do processo, explicou.