
São Paulo, Brasil
Está claro porque Tite se submeta aos abusos de Neymar.
Sem seu jogador mais talentoso, a Seleção Brasileira foi burocrática, previsível, sem improviso. Time fácil de ser marcado. Até mesmo pelos fracos venezuelanos.
Pelo menos enquanto tiveram fôlego e concentração.
Em Caracas, o que se viu hoje foi uma partida inacreditavelmente equilibrada. Afinal, era o primeiro colocado disparado nas Eliminatórias contra a lanterna. Se esperava uma goleada do time de Tite.
Mas o Brasil sofreu para empatar o jogo.
Saiu atrás, depois que, aos dez minutos, Soteldo cruzou e Eric Ramírez se aproveitou de um bizarro escorregão de Fabinho, que atrapalhou Marquinhos. O 1 a 0 para a Venezuela durou até os 25 minutos do segundo tempo.
O zagueiro Marquinhos subiu sozinho em cobrança de escanteio de Raphinha. 1 a 1.
A Venezuela se abateu após o empate. O Brasil se aproveitou desse momento de frustração e, em um contragolpe, em alta velocidade, Vinicius Júnior chutou, Graterol conseguiu a defesa, mas a bola sobrou para Gabigol. Ele foi derrubado. Pênalti claro.
Foi o quarto pênalti marcado a favor do Brasil nas Eliminatórias.
Gabigol cobrou bem e marcou 2 a 1, aos 39 minutos do segundo tempo.
Ainda sobraria tempo para Anthony marcar 3 a 1, aos 49 minutos do segundo tempo.
Foi a nona vitória em nove partidas da Seleção Brasileira.
Mas sem entusiasmo algum.
Muito pelo contrário. Partida que deixou claro o quanto Tite e a Seleção Brasileira são dependentes de Neymar.
O jogo foi mais do que burocrático, foi sonolento.
Valeu pela atuação de Raphinha, o melhor em campo.
O jogador conseguiu mudar o ritmo da Seleção, entrando no lugar de Everton Ribeiro.