
São Paulo, Brasil
A situação de Hernán Crespo estava se complicando.
O argentino havia perdido a aura de proteção que a conquista do Campeonato Paulista havia trazido ao seu trabalho. As eliminações na Libertadores e, principalmente, na Copa do Brasil pesaram demais. Não só pelo futebol, mas por uma velha conhecida: a apatia do time tricolor.
O presidente Julio Casares tratou de assegurar o emprego de Crespo. Mas deixou claro ao técnico que existe um objetivo para o resto de 2021: levar o clube para a Libertadores.
A vitória hoje, diante do Atlético Goianiense, muito bem montado por Eduardo Barroca, no Morumbi, se tornou obrigatória.
Crespo tratou de fazer três mudanças fundamentais, depois da derrota e eliminação da Copa do Brasil, para o Fortaleza.
Ele tratou de abandonar os três zagueiros, até pela suspensão de Miranda.
Teve de se render à forte marcação de Luan.
E tratou de exigir outra postura dos seus atletas. Muita vibração, correria, personalidade, intensidade, tudo que faltou no Ceará.
O São Paulo sofreu no Morumbi. Foi bipolar. Fez excelente primeiro tempo. E péssima segunda etapa.
Mas conseguiu vencer o jogo por 2 a 1, gols de Rigoni e de Luciano, enquanto Matheus Barbosa descontou.
O clube paulista conquistou importantes três pontos.
Chegou à 12ª colocação no Brasileiro.
Só que a impressão deixada é de um time que não merece confiança.
“Nossa equipe vem passando por um momento muito difícil, mas todos estão trabalhando, desde os jogadores até a comissão, para tirar o São Paulo desta fase. Temos de buscar mais objetivos dentro do campeonato, que é o que o São Paulo merece”, tentou disfarçar, Luan.
Já Matheus Barbosa foi direto. E certeiro.
“A gente respeitou muito o São Paulo. É uma grande equipe, temos de respeitar sempre, mas a gente poderia impor um pouco mais nosso ritmo. Criamos no segundo tempo algumas oportunidades, infelizmente não conseguimos o empate”, dizia, irritado.