
Apesar de ser visto por quase todos como o mais fraco entre os quatro semifinalistas da Libertadores deste ano, o Barcelona de Guayaquil tem tradição no torneio continental. Em sua 27ª participação na competição, o maior vencedor e atual campeão equatoriano tenta chegar pela terceira vez a uma final, sendo que a última foi disputada em 1998, há 23 anos.
Pelo que depender da força da torcida equatoriana, o trio brasileiro não é tão favorito como é comentado por aqui.
“O time já fez e vai continuar fazendo história nesta Libertadores. Esse momento significa muito para nós, porque Barcelona é muito mais do que uma equipe, é um sentimento inexplicável”, disse o torcedor Roberto Astudillo Pozo, de 23 anos.
A empolgação do torcedor não é em vão. Comparado com os outros brasileiros que estão na semifinal da edição deste ano, o Barcelona disputou o mesmo número de finais do que o Flamengo, e uma a mais do que o Atlético-MG. A diferente é que o time carioca venceu as duas vezes que disputou, enquanto o Galo também faturou a única final que chegou. Já o Palmeiras, por sua vez, tenta chegar a sexta final.
A outra vez que o time equatoriano esteve próximo de levanta a taça foi em 1990, quando foi derrotado na final para o Olímpia, do Paraguai. Oito anos depois, o algoz do Barcelona foi o rival do Flamengo, o Vasco.
Foi no ano da derrota para os brasileiros, que Pozo nasceu. De lá para cá, a melhor campanha que ele viu o time fazer na Libertadores foi em 2017, quando o caminho do Barcelona na competição foi cheio de brasileiros, até chegar à sua sexta semifinal do torceio mais importante da América.
Na edição de quatro anos atrás, após se classificar em segundo no grupo que teve o Botafogo como líder, os equatorianos eliminaram o Palmeiras, nas oitavas, e o Santos, nas quartas, antes de cair para o Grêmio, na semifinal. Os gaúchos terminaram campeões em cima do Lanús.
Na Libertadores do ano passado, o time foi mal. Ficou na última colocação no grupo que teve Flamengo na primeira colocação, o Independiente del Vale em segundo e, na terceira posição, o Junior Barranquilla. Os equatorianos perderam os dois jogos que disputaram contra os cariocas: 3 a 0 no Maracanã, e 2 a 1 em Guayaquil.
Já neste ano, o Barcelona faz uma excelente campanha. Na fase de grupos, começou como zebra, correndo por fora na chave com os favoritos Santos e Boca Juniors, mas não demorou muito para mostrar sua força. Logo na primeira rodada, bateu o time santista por 2 a 0, em plena Vila Belmiro. Depois, goleou o The Strongest, por 4 a 0, em Guayaquil, e fechou as primeiras rodadas batendo os argentinos por 1 a 0, também jogando em casa.
A única derrota foi justamente para o time mais fraco do grupo, o The Strongest, jogando na altitude de La Paz, na Bolívia. Na Bomboneira, arrancou um empate sem gols com o Boca Juniors, e fechou a primeira fase, garantindo a primeira colocação, batendo novamente o Santos, dessa vez por 3 a 1, no Equador.
O Barcelona terminou a fase de grupos com a quarta melhor campanha no geral, atrás apenas dos brasileiros Atlético-MG e Palmeiras, e do argentino Racing. Isso deu o direito de chegar à semifinal sempre decidindo em casa.
A primeira vítima no mata-mata foi o Vélez Sarsfield, da Argentina. Após perder a primeira partida por 1 a 0, o Barcelona se recuperou em casa, meteu 3 a 1, e garantiu a passagem para as quartas de final. O adversário dessa fase foi o Fluminense, que empatou em 2 a 2 na partida no Maracanã, e os gols qualificados fora de casa serviram para garantir os equatorianos na semifinal, após novo empate, em 1 a 1, no Monumental de Barcelona.
Nesta quarta-feira, às 21h, a disputa dos equatorianos é contra um dos favoritos a ser campeão da América, o Flamengo, no Maracanã. Mas o Barcelona acredita em sua tradição para levar a disputa ainda viva para ser decidida em seu estádio, em Guayaquil, na próxima semana.
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